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Q292059 Psiquiatria
Mulher de 42 anos queixa-se de insônia. Há 8 anos, iniciou clonazepam 1 mg à noite, por recomendação médica, para o controle de sintomas de ansiedade e sono não reparador. Relata que passou a se sentir mais relaxada, porém notou que acordava cansada. Assim, por recomendação médica, aumentou a dose de clonazepam para 2 mg à noite após 1 mês de uso. Como desejava deitar e “apagar”, isto é, dormir imediatamente, elevou a dose até 6 mg à noite por decisão própria. Relata, com desespero, uma viagem para o exterior em que esqueceu a medicação. “Eu não dormia, só tremia e tinha vontade de vomitar”. Voltou a tomar clonazepam 6 mg à noite, mas percebe que está cada vez mais difícil dormir. Além disso, tentativas de reduzir a dose resultam em insônia rebote.

Com base no caso clínico descrito, assinale a alternativa que contém um fator predisponente à insônia secundária ao uso de benzodiazepínicos.
Alternativas

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Vamos analisar a questão, que aborda um caso clínico de uma mulher que desenvolveu insônia secundária ao uso de benzodiazepínicos, especificamente clonazepam.

A alternativa correta é a Alternativa B: Tempo de uso prolongado.

Justificativa:

Tempo de uso prolongado de benzodiazepínicos, como o clonazepam, pode levar à tolerância. Isso significa que, com o tempo, o efeito da medicação diminui, levando o paciente a aumentar a dose para obter o mesmo efeito. Este aumento pode resultar em insônia rebote, que é a dificuldade de dormir após a redução ou cessação do medicamento, exatamente como descrito no caso. Essa situação é um exemplo clássico de dependência física.

Análise das alternativas incorretas:

A - Uso de benzodiazepínico de meia vida curta: Clonazepam é um benzodiazepínico de meia vida longa, não curta. Benzodiazepínicos de meia vida curta são mais propensos a causar insônia rebote, mas não é o caso do clonazepam.

C - Idade maior que 35 anos: Embora a idade possa afetar padrões de sono, não é um fator predisponente específico para insônia secundária ao uso de benzodiazepínicos.

D - Gênero feminino: O gênero, por si só, não é um fator predisponente significativo para insônia relacionada ao uso de benzodiazepínicos.

E - Dose subterapêutica no início do tratamento: Iniciar com uma dose subterapêutica pode não ser eficaz no início, mas não leva a insônia rebote. O problema aqui é o uso a longo prazo e o aumento da dose.

Para resolver questões como essa, é essencial compreender os efeitos de longo prazo do uso de benzodiazepínicos e seus riscos. Observe como o tempo de uso e o aumento de dose foram cruciais para determinar a resposta correta. Sempre analise cada alternativa em relação ao contexto do enunciado.

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