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Gabarito comentado
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A alternativa E é a correta.
Vamos agora explorar o porquê dessa escolha e entender um pouco mais sobre os conceitos envolvidos no diagnóstico em psicanálise conforme a perspectiva de Joël Dor.
Alternativa E: De acordo com Dor, realmente existe uma descontinuidade entre a cartografia de sintomas e a classificação diagnóstica. Isso significa que, na psicanálise, o diagnóstico não é um simples agrupamento de sintomas para formar uma categoria fixa. Ao contrário, ele se baseia em compreender a singularidade de cada sujeito. A psicanálise, portanto, valoriza a interpretação subjetiva dos sintomas, o que faz com que o diagnóstico não siga um padrão rígido como em outras abordagens.
Agora vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
Alternativa A: A terapêutica analítica não é consequência de um diagnóstico etiológico. Na psicanálise, o foco está mais na história e na estrutura psíquica do indivíduo do que na busca pela causa específica do sintoma, como sugere o termo "etiológico".
Alternativa B: Dizer que a avaliação diagnóstica se sustenta na objetividade do analista contradiz o princípio central da psicanálise, que valoriza a subjetividade tanto do analista quanto do analisando. A prática psicanalítica enfatiza o discurso do paciente, mas não de maneira objetiva, e sim interpretativa.
Alternativa C: Embora possa parecer que há uma implicação lógica entre a natureza do sintoma e a estrutura psíquica, a psicanálise vê os sintomas como expressões subjetivas que não necessariamente se relacionam de maneira direta e previsível com a estrutura psíquica subjacente.
Alternativa D: A dimensão temporal é fundamental no processo de avaliação diagnóstica na psicanálise. O desenvolvimento dos sintomas e a evolução da análise são profundamente influenciados pelo tempo e pela história do indivíduo, não podendo ser desconsiderados.
A psicanálise, influenciada por Freud e Lacan, busca compreender a complexidade do psiquismo humano, indo além de classificações simplistas e, assim, garantindo uma abordagem mais integrativa e interpretativa. Por isso, identificar que há uma descontinuidade entre o mapeamento de sintomas e a classificação diagnóstica é reconhecer essa profundidade.
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Comentários
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A relação entre sintoma e estrutura psíquica não se dá pela lógica e sim no espaço intersubjetivo que há entre a articulação da palavra e a estruturação do dizer.
"As correlações que existem entre um sintoma e a identificação diagnóstica supõem a entrada em cena de uma cadeia de procedimentos intrapsíquicos e intersubjetivos, que dependem da dinâmica do inconsciente. Esta dinâmica jamais se desenvolve no sentido de uma implicação lógica e imediata entre a natureza de um sintoma e a identificação da estrutura do sujeito que manifesta este sintoma. (DOR, 1994, p.18)"
fonte: http://www.circulopsicanaliticors.com.br/_files/artigo/8/563266d3d9a70.pdf
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