A flebite é uma das complicações mais frequentes no uso de c...

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Q1731851 Enfermagem

A flebite é uma das complicações mais frequentes no uso de cateteres venosos periféricos (CVP) e caracteriza-se por uma inflamação aguda da veia, que causa edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um "cordão" palpável ao longo do trajeto. Quando não tratada precocemente, a flebite pode ocasionar septicemia, e está frequentemente relacionada à má-técnica de assepsia ou contaminação do cateter durante a fabricação, estocagem ou uso. Em relação às estratégias de prevenção para as complicações relacionadas ao acesso venoso, assinale V, para afirmações verdadeiras e F, para as afirmações falsas:


( ) Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos.

( ) Para atender à necessidade da terapia intravenosa, devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula.

( ) Agulha de aço deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento que não excedam 48 horas de permanência no sítio de inserção.

( ) O cateter periférico deve ser utilizado em até 2 tentativas de punção no mesmo paciente.

( ) Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora). Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.

( ) A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando técnica asséptica. São indicados uso de fitas adesivas como esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa.

( ) O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado por conseguinte tão logo quanto possível.


Assinale a alternativa correta:

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Alternativa correta: E - V – V – F – F – V – F – V.

Vamos analisar cada uma das afirmações e justificar a alternativa correta, assim como as incorretas.

(V) Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos.

Esta afirmação está correta. A higienização das mãos é um dos passos mais importantes na prevenção de infecções relacionadas ao uso de cateteres venosos periféricos.

(V) Para atender à necessidade da terapia intravenosa, devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula.

Esta afirmação também é verdadeira. Cateteres de menor calibre e comprimento reduzem o risco de complicações como a flebite.

(F) Agulha de aço deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento que não excedam 48 horas de permanência no sítio de inserção.

Esta afirmação está incorreta. As agulhas de aço são geralmente recomendadas apenas para procedimentos de curto prazo, como coleta de sangue, e não são indicadas para administração contínua de medicamentos.

(F) O cateter periférico deve ser utilizado em até 2 tentativas de punção no mesmo paciente.

Esta afirmação está errada. O número de tentativas de punção deve ser minimizado, mas não há um limite fixo de duas tentativas. Depende da avaliação do profissional de saúde e das condições do paciente.

(V) Realizar fricção da pele com solução à base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora). Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.

Esta afirmação é correta. A prática de fricção da pele com solução antisséptica é fundamental para prevenir infecções no sítio de inserção do cateter.

(F) A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando técnica asséptica. São indicados uso de fitas adesivas como esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa.

Esta afirmação está incorreta. Embora a técnica asséptica seja crucial, o uso de esparadrapo comum não é recomendado porque pode não garantir a fixação adequada e pode contribuir para infecção. Fitas específicas para estabilização de cateteres devem ser utilizadas.

(V) O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado por conseguinte tão logo quanto possível.

Esta afirmação está correta. Em situações de emergência, a técnica asséptica pode ser comprometida, e o cateter deve ser substituído assim que possível para reduzir o risco de infecção.

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Gab: E

Nota Técnica GVIMS/GGTES/DIRE3/ANVISA nº 04/2022:

  • Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio
  • Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total.
  • Para estabilização, deve ser utilizado cateteres intravenosos periféricos (CIVP) com mecanismo de estabilização integrado, combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou CIVP tradicional, combinado a dispositivo adesivo específico para estabilização. Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore) para estabilização ou coberturas de cateteres. 

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