Assumindo que o paciente não evoluiu com necessidade de ciru...

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Q2317966 Medicina
Atenção: o caso a seguir refere-se a próxima questão.

Homem de 70 anos, portador de prótese aórtica biológica há 4 anos, comparece à consulta com queixa de emagrecimento de 6kg em 2 meses, associado à sudorese noturna, febre não aferida e cansaço progressivo. Em uso apenas de ácido acetilsalicílico e atorvastatina.

Ao exame: emagrecido, eupneico, hipocorado 2+/4+, desidratado. Dentes em mau estado de conservação. TAX: 39ºC, FC: 105 bpm, PA: 130x60 mmHg; ausência de linfonodomegalias ou alterações cutâneas; ausculta pulmonar sem ruídos adventícios; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sopro sistólico 3+/6+ em foco aórtico, com irradiação carotídea; espaço de Traube submaciço. Membros inferiores sem edema.

Iniciada antibioticoterapia empírica após coleta de 3 pares hemoculturas de sítios diferentes, para aeróbios e anaeróbios. Ecocardiograma transtorácico sem vegetações nas válvulas nativas, porém sem visualização adequada da válvula aórtica.

Após 3 dias, houve crescimento de Streptococcus mitis em 4 frascos de hemoculturas, de três sítios de coleta diferentes. Complementada a investigação com uma tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, que se encontra a seguir.



Assumindo que o paciente não evoluiu com necessidade de cirurgia e contando-se a partir do dia de negativação das hemoculturas, assinale a opção que indica o tempo mínimo de antibioticoterapia total a ser administrada.
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A questão apresentada descreve um paciente idoso com prótese aórtica biológica, apresentando sintomas sistêmicos (emagrecimento, sudorese noturna, febre e cansaço progressivo) e um sopro cardíaco. O crescimento de Streptococcus mitis em múltiplas hemoculturas de diferentes sítios sugere fortemente o diagnóstico de endocardite infecciosa. A presença de uma prótese valvar cardíaca aumenta o risco de infecção nessa região. Neste contexto, a endocardite infecciosa associada a prótese valvar requer uma terapia antibiótica prolongada, devido à natureza aderente e à capacidade de formação de biopelículas dos microorganismos nas próteses. Isso dificulta a erradicação bacteriana apenas com os mecanismos de defesa do hospedeiro ou uma terapia antibiótica de curto prazo. A alternativa correta, B - 6 semanas, reflete o tempo mínimo recomendado para a terapia antibiótica em casos de endocardite infecciosa em pacientes com prótese valvar. Este tempo pode variar dependendo do organismo causal e do tempo desde a cirurgia de implantação da prótese. As outras opções listadas são insuficientes (A e C) ou excessivas (D e E) para o tratamento adequado da condição do paciente descrita na questão, segundo as diretrizes atuais para o manejo de endocardite infecciosa.

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