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Q2487003 Medicina

        Um paciente com 60 anos de idade procurou uma unidade básica de saúde para acompanhamento de tratamento de hipertensão arterial sistêmica. Verificou-se ser tabagista e sedentário. Ele faz uso diário de hidroclorotiazida na dosagem de 25 mg; tem antecedentes familiares de cardiopatia aterosclerótica e, em três consultas anteriores, seus níveis pressóricos encontravam-se elevados. O exame físico da atual consulta mostrou IMC igual a 30 kg/m² e pressão arterial de 160 mmHg × 100 mmHg no braço direito e de 140 mmHg × 85 mmHg no braço esquerdo. Não houve mudança dos níveis de pressão arterial com a mudança postural e nas outras duas medições feitas no meio e no final da consulta. A ausculta cardíaca se mostrou normal. Os pulsos periféricos estavam simétricos e palpáveis.


Acerca desse quadro clínico hipotético, julgue o item a seguir. 


A hipertensão arterial do paciente pode ser considerada de risco moderado para a ocorrência de complicações clínicas. 

Alternativas

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A questão em análise aborda o tema de hipertensão arterial sistêmica, uma condição crônica que aumenta o risco de complicações cardiovasculares. O paciente descrito apresenta vários fatores de risco cardiovascular, incluindo tabagismo, sedentarismo, antecedentes familiares de cardiopatia aterosclerótica e obesidade (IMC de 30 kg/m²). Vamos explorar a justificativa para considerar o risco do paciente como moderado.

Justificativa para a alternativa correta (Certo):

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o risco cardiovascular de um paciente hipertenso é classificado considerando fatores como níveis de pressão arterial, presença de comorbidades, e outros fatores de risco associados. O paciente em questão possui uma hipertensão estágio 2 (PA de 160/100 mmHg no braço direito), além de ser tabagista e ter antecedentes familiares de doença cardiovascular, fatores que contribuem para um risco cardiovascular global moderado.

A ausência de lesão em órgãos-alvo e de doenças cardiovasculares estabelecidas (como AVC ou infarto prévio) também é um critério que evita a classificação do risco como alto ou muito alto neste caso.

Análise das alternativas e justificativas:

Embora as alternativas não estejam explicitamente listadas, podemos entender que a questão está explorando o entendimento sobre a classificação do risco cardiovascular. A alternativa correta (C) indica que o risco é considerado moderado devido à combinação dos fatores de risco presentes, conforme discutido.

Importante: Em questões de hipertensão, é crucial avaliar não apenas os valores pressóricos, mas também os fatores de risco associados e a presença de lesões em órgãos-alvo, seguindo diretrizes atualizadas como as da SBC.

Ao estudar para concursos, sempre considere os fatores de risco no contexto do paciente, e não apenas os valores numéricos de pressão arterial. Isso ajudará a interpretar corretamente o risco cardiovascular e a responder questões clínicas de forma precisa.

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O caso clínico apresentado descreve um paciente de 60 anos com hipertensão arterial sistêmica, hábito de tabagismo, sedentarismo, uso de hidroclorotiazida, histórico familiar de cardiopatia aterosclerótica e obesidade (IMC igual a 30 kg/m²). Esses são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A pressão arterial elevada em visitas anteriores e durante a atual consulta, além da discrepância entre as medidas nos braços direito e esquerdo, também contribui para o risco cardiovascular. A ausculta cardíaca normal e pulsos periféricos simétricos e palpáveis não diminuem o risco cardiovascular preexistente. Portanto, considerando esses fatores de risco associados, a hipertensão do paciente pode efetivamente ser classificada como de risco moderado para a ocorrência de complicações clínicas, uma vez que múltiplos fatores de risco estão presentes e que a hipertensão não está adequadamente controlada, apesar do tratamento com hidroclorotiazida. Isso justifica a necessidade de uma avaliação médica detalhada e possivelmente uma intensificação no tratamento anti-hipertensivo e mudanças no estilo de vida para reduzir os riscos de eventos adversos, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Portanto, o item em questão está correto.

Eu não entendi o porque de o RCV do paciente ser moderado. Não seria alto RCV?

Minha dúvida foi a mesma. todos os critérios estabeleceriam o paciente como alto risco cardiovascular. Porque seria moderado?

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