A Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depressi...

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Q2487017 Medicina

        A Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS) é um instrumento utilizado na atenção primária à saúde com o intuito de triar pacientes idosos com suspeita de síndromes depressivas. Nessa escala, uma pontuação de 00 a 05 indica normalidade; de 06 a 10, depressão leve; entre 11 e 15, depressão severa.


Considerando as informações precedentes e aspectos diversos pertinentes à GDS e às síndromes depressivas, julgue o item a seguir. 


Nos idosos, a depressão deve ser investigada como diagnóstico diferencial de doenças neurodegenerativas como as demências e a doença de Parkinson, mas nunca como quadro comórbido.

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Alternativa correta: E - errado

Vamos entender o contexto da questão. A Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS) é utilizada na atenção primária para identificar sintomas depressivos em pacientes idosos. A questão trata da relação entre depressão e doenças neurodegenerativas como as demências e a doença de Parkinson.

A afirmação da questão é que a depressão deve ser investigada como diagnóstico diferencial, mas nunca como quadro comórbido. Isso está incorreto.

Justificativa:

A depressão em idosos é uma condição complexa e pode, sim, ocorrer como um quadro comórbido em várias doenças neurodegenerativas. Vamos explorar isso em detalhes:

Doenças Neurodegenerativas: Idosos com doenças como Alzheimer, outras formas de demência e doença de Parkinson frequentemente apresentam sintomas depressivos. A depressão pode não apenas coexistir com essas doenças, mas também agravar os sintomas cognitivos e motores, dificultando ainda mais o manejo do quadro clínico.

Diagnóstico Diferencial: Embora seja crucial considerar a depressão como um diagnóstico diferencial, para distinguir sintomas puramente depressivos daqueles causados por neurodegenerações, não se pode excluir a possibilidade de um idoso ter ambas as condições simultaneamente (comorbidade).

Importância da Comorbidade: Reconhecer a comorbidade é fundamental, pois a presença simultânea de depressão e uma doença neurodegenerativa pode alterar o prognóstico e a abordagem terapêutica. Ignorar essa possibilidade pode levar a um tratamento inadequado.

Portanto, a afirmação de que a depressão "nunca" deve ser considerada como quadro comórbido é falsa, pois a coexistência de depressão com doenças neurodegenerativas é comum e clinicamente significativa.

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A afirmação de que a depressão, nos idosos, deve ser investigada apenas como diagnóstico diferencial de doenças neurodegenerativas e nunca como quadro comórbido é incorreta. Na prática clínica, é essencial reconhecer que a depressão pode coexistir com outras condições, como as doenças neurodegenerativas, em um idoso. As síndromes depressivas não são apenas diagnósticos diferenciais; elas podem acompanhar outras doenças como comorbidades, impactando negativamente sua evolução e a qualidade de vida do paciente. A depressão pode frequentemente aparecer em conjunto com doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, e pode até mesmo ser um dos primeiros sintomas que alertam para a possibilidade dessas condições. Portanto, o correto manejo clínico e a avaliação integral do paciente idoso exigem atenção à possibilidade de que a depressão possa existir como um transtorno comórbido, e não apenas como alternativa diagnóstica.

A afirmação é ERRADA.

Justificativa:

A afirmação de que a depressão nos idosos nunca deve ser considerada um quadro comórbido com doenças neurodegenerativas como a demência e a doença de Parkinson é incorreta.

Por que a afirmação está errada?

  • Comorbidade comum: A depressão é um dos transtornos mentais mais comuns em idosos e sua comorbidade com doenças neurodegenerativas, como a demência e a doença de Parkinson, é bastante frequente.
  • Sintomas sobrepostos: Tanto a depressão quanto essas doenças neurodegenerativas podem apresentar sintomas semelhantes, como perda de interesse, alterações do sono, fadiga e alterações de humor. Essa sobreposição de sintomas pode dificultar o diagnóstico diferencial.
  • Fatores de risco: A presença de uma doença neurodegenerativa pode aumentar o risco de desenvolver depressão, e vice-versa.
  • Impacto na qualidade de vida: A comorbidade entre depressão e doenças neurodegenerativas pode agravar significativamente a qualidade de vida do idoso, afetando sua funcionalidade e bem-estar.

Por que a GDS é importante nesse contexto?

A GDS é um instrumento útil para a triagem de depressão em idosos, especialmente na atenção primária. Ao identificar precocemente a depressão, é possível iniciar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Em resumo:

A depressão é um problema de saúde mental comum em idosos e pode coexistir com outras doenças, como a demência e a doença de Parkinson. A GDS é uma ferramenta importante para a identificação da depressão em idosos, mas é fundamental que o diagnóstico seja confirmado por um profissional de saúde mental. O tratamento da depressão em idosos com comorbidades deve ser individualizado e pode envolver psicoterapia, medicação e outras intervenções.

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