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Q2487026 Medicina

        No estado do Espírito Santo, que possui aproximadamente 4 milhões de habitantes, o número de casos de dengue foi de 148.000 entre as semanas epidemiológicas 1 (1.o/1/2023 a 7/1/2023) e 25 (18/6/2023 a 24/6/2023); nesse período, foram confirmados 70 óbitos causados por dengue.


Com relação aos dados apresentados, bem como a aspectos pertinentes a emergências médicas e a fundamentos de epidemiologia e doenças de notificação compulsória, julgue o item subsequente.


Paciente com diagnóstico de dengue, apresentando febre, dor no corpo e em região posterior dos olhos, com sangramento gengival evidente, deve ser considerado como paciente do grupo de risco B.

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A alternativa correta é E - errado.

Vamos analisar a questão detalhadamente para entender por que essa é a resposta correta.

A questão informa que no estado do Espírito Santo houve 148.000 casos de dengue entre as semanas epidemiológicas 1 e 25 de 2023, com 70 óbitos confirmados. Em seguida, é apresentado um cenário clínico onde um paciente diagnosticado com dengue apresenta febre, dor no corpo e na região posterior dos olhos, além de sangramento gengival evidente. A questão pede para classificar este paciente em um grupo de risco específico.

Para responder corretamente à questão, é necessário conhecer a classificação de risco da dengue, que é dividida em quatro grupos (A, B, C e D) conforme o Ministério da Saúde:

  • Grupo A: Pacientes sem sinais de alarme e sem comorbidades.
  • Grupo B: Pacientes sem sinais de alarme, mas com presença de comorbidades, condições especiais ou sinais de alarme como sangramentos leves (por exemplo, sangramento gengival).
  • Grupo C: Pacientes com sinais de alarme e que requerem observação e tratamento hospitalar.
  • Grupo D: Pacientes com sinais de choque ou que necessitam de cuidados intensivos.

Vamos analisar os sintomas apresentados pelo paciente no enunciado:

  • Febre
  • Dor no corpo
  • Dor na região posterior dos olhos
  • Sangramento gengival evidente

O sangramento gengival evidente é um sinal de alarme. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, pacientes com sinais de alarme devem ser classificados como Grupo C, pois requerem observação e tratamento hospitalar.

Portanto, classificar esse paciente como pertencente ao Grupo B está incorreto, uma vez que ele apresenta um sinal de alarme (sangramento gengival evidente), o que o coloca no Grupo C.

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O texto apresentado aborda a ocorrência de casos dengue no Espírito Santo, incluindo as datas correspondentes às semanas epidemiológicas e os óbitos confirmados. Na continuação, o enunciado introduz uma situação clínica de um paciente com diagnóstico de dengue e sintomas como febre, dor no corpo, dor em região posterior dos olhos e sangramento gengival. Em seguida, pede que se julgue a classificação do paciente como pertencente ao grupo de risco B. A classificação de pacientes com dengue baseia-se nos critérios clínicos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde do Brasil. Segundo esses critérios, a dengue pode ser classificada como Dengue (sem sinal de alarme), Dengue com sinais de alarme e Dengue grave. Os sinais de alarme incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acumulação de líquidos (ascite, derrame pleural, pericárdico), sangramento de mucosa ou outro, letargia ou irritabilidade, hepatomegalia maior que 2 cm, e aumento do hematocrito acompanhado por rápida queda da contagem de plaquetas. Nesse caso, o paciente apresenta pelo menos um sinal de alarme, que é o sangramento gengival. Assim, ele não deveria ser classificado como grupo de risco B, que é uma classificação que não se alinha às diretrizes atuais. Em vez disso, ele deveria ser avaliado como alguém que pode estar desenvolvendo uma forma mais grave da doença, requerendo atenção especializada imediata para manejo adequado e monitoramento de possíveis complicações. Portanto, o enunciado da questão está errado ao considerar esse paciente como pertencente ao grupo de risco B.

Dengue - Classificação Ministério da saúde

grupo A: sem sinais de alarme e sem comorbidades

grupo B: sem sinais de alarme, com comorbidades

grupo C: com sinais de alarmes, sem sinais de gravidade.

grupo D: complicações graves e/ou choque.

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