Os indivíduos acometidos pela COVID-19 apresentam sintomatol...

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Q2270310 Nutrição
Os indivíduos acometidos pela COVID-19 apresentam sintomatologia muito variável, sendo que a maioria desenvolve quadro clínico leve a moderado, geralmente com sintomas gripais. Uma proporção pequena dos doentes evolui com quadro mais grave, necessitando de hospitalização e suporte intensivo. Nesses casos, a doença apresenta uma fase inicial de infecção, uma fase pulmonar e uma fase grave de hiper inflamação. Durante a  hospitalização, muitos fatores podem contribuir para o prejuízo nutricional, como a caracterização clínica da COVID-19 apresentada pelo paciente (sua evolução clínica e intercorrências), polimorbidade, idade avançada, tempo de permanência na UTI (assistência ventilatória, necessidade de diálise), dentre outros. Assim, o período prolongado na UTI pode causar desnutrição e sarcopenia e gerar incapacidade, baixa qualidade de vida e morbimortalidade adicional. Apesar do controle da pandemia devido à vacinação da população, em 29 de dezembro de 2022, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram um Alerta epidemiológico “Aumento de casos de COVID-19 e hospitalizações”, orientando os Estados Membros a atualizar os planos de prevenção, preparação e resposta do sistema de saúde em todos os níveis, a fim de responder a um possível aumento de casos ambulatoriais, internações, internações em UTI e/ou óbitos, bem como estabelecer estratégias para aumentar a proporção de vacinados, principalmente entre populações vulneráveis e de alto risco. Com este entendimento, o tema deve fazer parte das nossas atualizações constantes e as diretrizes nacionais e internacionais fornecem orientações para o manejo nutricional de pacientes com COVID-19. Com base nas recomendações das Diretrizes da Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral (ESPEN), 2020: Declarações de especialistas da ESPEN e orientações práticas para o manejo nutricional de indivíduos com infecção por SARS-CoV-2, analise as afirmativas:

I - Em pacientes de UTI não intubados com COVID-19 que não atingem a meta de energia com uma dieta oral, suplementos nutricionais orais devem ser considerados primeiro e depois o tratamento com nutrição enteral (NE). Para ser iniciada precisa ser assegurada a instabilidade hemodinâmica (Pressão arterial média < 60 - 70 mmHg e/ ou Pressão arterial sistólica < 90 – 100 mmHg) e a funcionalidade do sistema digestivo.
II - Em pacientes de UTI intubados e ventilados com COVID-19, a nutrição enteral (NE) deve ser iniciada por sonda nasogástrica; a alimentação pós-pilórica deve ser realizada em pacientes com intolerância gástrica após tratamento procinético ou em pacientes com alto risco de aspiração; a posição prona não representa uma limitação ou contraindicação para NE.
III - As necessidades energéticas devem ser estimadas com base na calorimetria indireta (CI), quando disponível. A administração de energia será aumentada progressivamente. Se não for possível o uso da CI, a equação preditiva que recomenda 20 kcal/kg/dia pode ser usada e a energia aumentada para 50–70% no dia 2 e para 80–100% no dia 4, se viável e seguro.
IV - A recomendação proteica é de 1,3 g/kg de proteína por dia, devendo ser atingida no dia 3-5. Para pessoas com obesidade, usar o “peso corporal ajustado”. Considerando a importância de preservar a massa e a função do músculo esquelético e as condições altamente catabólicas relacionadas à doença e à internação na UTI, estratégias adicionais podem ser consideradas individualmente.
V - Na ocorrência de choque séptico pode haver aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial (PA), havendo necessidade de ajustar a oferta da droga vasopressora (por ex. noradrenalina) e eventual suspensão da dieta.

Assinale a opção que corresponde à sequência correta, considerando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
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