Medir o desempenho organizacional é um grande desafio para ...

Alternativa correta: B - stakeholders.

Para resolver essa questão, é necessário compreender a diferença entre os modelos Balanced Scorecard (BSC) e o Performance Prism (PP). O BSC, criado por Kaplan e Norton, é um modelo de medição de desempenho que utiliza perspectivas financeiras, de clientes, processos internos e aprendizado e crescimento para fornecer uma visão balanceada da organização. Já o PP é um modelo mais recente que procura abordar algumas das limitações do BSC, focando de maneira mais ampla nos stakeholders de uma organização.

A crítica do PP ao BSC é que este último trata os stakeholders de forma superficial, considerando-os principalmente na perspectiva dos clientes e, de certo modo, dos acionistas, mas sem explorar a fundo as necessidades e expectativas de outros grupos interessados, como empregados, fornecedores, comunidade, governo e outros grupos que podem afetar ou ser afetados pela organização.

A Performance Prism, por outro lado, propõe uma análise de desempenho organizacional que começa pelo reconhecimento dos stakeholders e de suas respectivas necessidades, promovendo uma abordagem mais plural e inclusiva das partes interessadas. Portanto, a alternativa B está correta ao identificar que o PP critica o BSC por seu tratamento superficial dos stakeholders.

Só retificando o comentário do colega abaixo, que apesar de correto, se confundiu. Pelo exposto, o gabarito é a letra B. 

Alguns stakeholders são levados em conta no BSC como funcionários (focos aprendizado / processos internos), acionistas (foco financeiro) e clientes (foco clientes), mas boa parte é deixada de fora, como governo, restante da sociedade, etc. Por isso, o modelo é acusado de tratá-los de forma superficial.

Medir o desempenho organizacional é um grande desafio para as empresas. Nesse sentido, merece destaque o Modelo de Medição de Desempenho Organizacional (MMDO) Balanced Scorecard (BSC). Entretanto, o modelo Performance Prism (PP) dá grande ênfase aos stakeholders organizacionais e afirma que o BSC trata-os de forma superficial, valorizando mais os acionistas (shareholders) e os clientes.

O modelo PP foi desenvolvido no Centre for Business Performance, da Universidade de Cranfield (Inglaterra), liderado pelo pesquisador Andy Neely. O objetivo era integrar os melhores aspectos dos MMDOs, agregando as diferentes perspectivas de desempenho fornecidas por esses sistemas, além de colocar a visão dos stakeholders em primeiro plano. Neely, Adams e Crowe (2001) argumentam que o principal motivador para a criação do PP foi o fato de terem identificado que, apesar de existirem modelos com medidas financeiras e não financeiras, como o próprio BSC, por exemplo, existia a necessidade de uma segunda geração de MMDOs, de forma a atender as empresas na atualização e/ou desenvolvimento de scorecards que fossem apropriados às demandas do ambiente cada vez mais competitivo em que as organizações estão inseridas, com foco nos stakeholdes.

Nesse contexto, o PP surgiu como um MMDO que coloca a visão dos stakeholders em primeiro plano, composto por cinco faces interrelacionadas de um prisma:

a) satisfação do stakeholder;

b) estratégias;

c) processos;

d) capacidades; e

e) contribuição do stakeholder.

Fonte: http://www.redalyc.org/pdf/2735/273530345011.pdf