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Conforme Magalhães (2004) a população goiana do século XIX, e início do XX enfrentava problemas de saúde relacionados à falta de saneamento básico e à escassez de alimentos, o que contribuía para a propagação de doenças como a febre amarela e a cólera entre outros. No século XIX, viajantes estrangeiros relataram a ocorrência de doenças como bócio, apoplexias nervosas, hidropisia, ataques catarrais, elefantíase, sífilis e bexigas em diversas localidades de Goiás. Já no século XX, o relatório médico do Instituto Oswaldo Cruz destacou as mazelas sociais e o abandono dos habitantes do interior do Brasil, incluindo Goiás, em relação às condições sanitárias. Sobre a relação entre saúde, doença e alimentação em Goiás nos séculos XIX e XX, podemos afirmar que:
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A saúde pública em Goiás nos séculos XIX e XX refletia as condições precárias enfrentadas pela população brasileira na época, especialmente nas regiões do interior. O saneamento básico era praticamente inexistente, o que contribuía para a disseminação de doenças infecciosas e endêmicas, como a febre amarela, a cólera e a sífilis. A escassez de alimentos e a desnutrição agravavam as condições de saúde, com relatos de viajantes estrangeiros apontando para a existência de doenças graves, resultado da combinação de pobreza, falta de infraestrutura e ausência de políticas de saúde pública.
Os relatos da época mostram uma população carente de serviços de saúde e de uma alimentação adequada. Além de enfrentar uma variedade de doenças, as pessoas lidavam com um ambiente insalubre, agravado pelas limitações econômicas e geográficas que dificultavam o acesso a tratamento médico. O Instituto Oswaldo Cruz, em seus relatórios do século XX, apontava as dificuldades enfrentadas pelos habitantes do interior do Brasil, com a saúde pública em Goiás refletindo o abandono e as mazelas sociais de uma população que pouco beneficiava das melhorias urbanas.
O quadro sanitário da época evidencia a necessidade de infraestrutura e de políticas públicas de saúde e saneamento, questões que somente começaram a ser tratadas com maior atenção nas décadas seguintes, à medida que o Brasil avançava em políticas de saúde preventiva e assistência pública.
A) A alimentação era variada e saudável, o que contribuía para a prevenção de doenças. INCORRETO. A alimentação na época era precária, sendo insuficiente para prevenir doenças.
B) As condições sanitárias eram precárias e a alimentação era escassa, o que favorecia a propagação de doenças. CORRETO. A falta de saneamento básico e a alimentação inadequada eram fatores que contribuíam para a proliferação de doenças em Goiás.
C) A população goiana tinha acesso a uma alimentação balanceada e a medidas higiênico-sanitárias adequadas, o que garantia a saúde da população. INCORRETO. Na realidade, o acesso a uma alimentação balanceada e a medidas sanitárias era praticamente inexistente na época.
D) A alimentação era rica em gorduras e açúcares, o que contribuía para o surgimento de doenças crônicas. INCORRETO. A alimentação era, ao contrário, insuficiente e de baixa qualidade, contribuindo para doenças infecciosas e não crônicas.
A compreensão desse período histórico em Goiás revela os desafios enfrentados pela saúde pública e a urgência de melhorias em saneamento e alimentação, elementos essenciais para uma sociedade saudável.
Resposta: B
Gabarito do Professor: B
Referências:
MAGALHÃES, Júlio. Saúde e Saneamento em Goiás: Um Estudo Histórico. Brasília: Editora UnB, 2004.
Instituto Oswaldo Cruz. Relatórios Históricos de Saúde no Brasil. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/>. Acesso em: 07 nov. 2024. ..Clique para visualizar este gabarito
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