A incidência de AVE (Acidente Vascular Encefálico) em pacien...
A incidência de AVE (Acidente Vascular Encefálico) em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) é estimada em torno de 5 a 6% nas séries multicêntricas institucionais estudadas. Assinale, dentre as opções a seguir, a condição que NÃO constitui fator de risco para ocorrência de AVE no pós-operatório imediato.
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A alternativa correta é a D - Hipertensão durante o ato operatório. Esta alternativa não constitui um fator de risco significativo para a ocorrência de um Acidente Vascular Encefálico (AVE) no pós-operatório imediato de uma cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM).
Comentário:
Acidente Vascular Encefálico (AVE) no contexto de cirurgia de revascularização do miocárdio é uma complicação preocupante que pode ocorrer devido a vários fatores de risco associados ao procedimento e à condição clínica do paciente.
Alternativa A - Idade superior a 75 anos: A idade avançada é um fator conhecido de risco para AVE. Com o envelhecimento, há um aumento na fragilidade vascular e na presença de comorbidades que podem predispor o paciente a eventos isquêmicos ou hemorrágicos.
Alternativa B - Doença vascular cerebral prévia: Pacientes com história de doença vascular cerebral têm um risco aumentado de AVE, pois já apresentam comprometimento vascular e podem ter lesões pré-existentes que aumentam a vulnerabilidade durante e após a cirurgia.
Alternativa C - Aterosclerose aórtica grave: A aterosclerose aórtica é um fator de risco significativo, pois durante a manipulação cirúrgica, placas ateroscleróticas podem se desprender e causar embolização cerebral, resultando em AVE.
Alternativa E - Tempo de CEC aumentado: O tempo prolongado de circulação extracorpórea (CEC) pode aumentar o risco de AVE devido a fatores como hipotermia, alterações hemodinâmicas e aumento do estado inflamatório, que podem afetar a perfusão cerebral.
Alternativa D - Hipertensão durante o ato operatório: No contexto desta questão, a hipertensão intraoperatória, quando controlada adequadamente, não é considerada um fator de risco primário para AVE no pós-operatório imediato. O controle da pressão arterial é parte fundamental da anestesia e do manejo intraoperatório, mas não se correlaciona diretamente com o aumento do risco de AVE como os outros fatores mencionados.
É fundamental entender a complexidade dos fatores de risco envolvidos em cirurgias cardíacas para um adequado manejo pré e pós-operatório, visando minimizar complicações como o AVE.
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alternativa correta: D) Hipertensão durante o ato operatório.
justificativa
A hipertensão durante o ato operatório pode ser uma condição transitória e controlada durante a cirurgia, não representando, isoladamente, um fator de risco significativo para a ocorrência de um acidente vascular encefálico (AVE) no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). O controle rigoroso da pressão arterial durante a cirurgia, através de medicações e monitoramento adequado, pode mitigar o risco de complicações cerebrais. Já as outras condições listadas são fatores de risco conhecidos para AVE no pós-operatório, pois estão associadas ao aumento da vulnerabilidade da circulação cerebral, à formação de trombos e à comprometimento da perfusão cerebral.
análise das demais alternativas
[A]: [Idade superior a 75 anos] é um fator de risco significativo para complicações pós-operatórias, incluindo AVE, devido à fragilidade vascular e maior prevalência de doenças associadas, como hipertensão e aterosclerose.
[B]: [Doença vascular cerebral prévia] é um importante fator de risco para AVE, uma vez que pacientes com histórico de acidente vascular cerebral ou episódios de isquemia cerebral têm maior chance de sofrer um novo evento.
[C]: [Aterosclerose aórtica grave] é um fator de risco importante para AVE, pois a presença de aterosclerose grave pode levar à formação de êmbolos, que podem ser deslocados para o cérebro durante a cirurgia, aumentando o risco de infarto cerebral.
[E]: [Tempo de CEC aumentado] está relacionado com maior risco de AVE, já que o aumento do tempo de circulação extracorpórea (CEC) pode afetar a perfusão cerebral e aumentar o risco de formação de êmbolos e microtromboses, que podem comprometer a circulação cerebral.
resumo
A hipertensão durante o ato operatório não constitui, por si só, um fator de risco significativo para o desenvolvimento de AVE no pós-operatório imediato, sendo possível de ser controlada durante a cirurgia. Já as outras condições (idade avançada, doença vascular cerebral prévia, aterosclerose aórtica grave e tempo prolongado de CEC) estão fortemente associadas ao aumento do risco de complicações cerebrais pós-cirurgia.
pontos chave
- Idade avançada, doença vascular cerebral prévia, aterosclerose grave e tempo prolongado de CEC são fatores de risco conhecidos para AVE.
- O controle da hipertensão intraoperatória pode reduzir os riscos de complicações, tornando esse fator menos significativo.
- O monitoramento contínuo e a abordagem de fatores de risco são essenciais para reduzir o risco de AVE em pacientes submetidos à CRM.
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