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Ano: 2013 Banca: FADESP Órgão: COREN-PA Prova: FADESP - 2013 - COREN-PA - Fiscal |
Q458846 Enfermagem
M.E.F., 23 anos de idade, três meses de gestação, compareceu à consulta de pré-natal na Unidade Básica de Saúde queixando-se de tosse seca, sudorese e perda acentuada de peso (45kg). Após avaliação médica e exames de diagnósticos, foi confirmado caso novo de tuberculose pulmonar bacilífera. Considerando que a doente nunca tinha feito tratamento para a tuberculose anteriormente, a conduta adequada do profissional de saúde com relação ao tratamento da tuberculose recomendado pelo Ministério da Saúde seria
Alternativas

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A alternativa A é a correta. Vamos entender o porquê dessa escolha e analisar as alternativas incorretas.

O caso apresentado é de uma gestante diagnosticada com tuberculose pulmonar bacilífera. O tratamento da tuberculose, especialmente em gestantes, segue diretrizes específicas para garantir a saúde tanto da mãe quanto do feto.

Alternativa A: A conduta correta é tratar a paciente com o esquema RHZE nas doses habituais por seis meses. O esquema RHZE refere-se aos medicamentos Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E). Além disso, é recomendado o uso de Piridoxina (vitamina B6) durante a gestação para prevenir neuropatia periférica, um efeito colateral potencial da Isoniazida.

Alternativa B: Esta opção sugere encaminhar a paciente a uma unidade terciária e usar apenas o esquema RHZ. No entanto, o tratamento inicial padrão para tuberculose bacilífera em gestantes é o esquema RHZE, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, portanto, não há necessidade de encaminhamento imediato a uma unidade terciária, salvo em casos de complicações.

Alternativa C: Essa alternativa recomenda o uso de um esquema especial RHZ até o final da gravidez, com extensão após o nascimento. Contudo, o tratamento padrão também durante a gravidez é RHZE, e não há necessidade de modificá-lo ou prorrogá-lo de forma especial pelo fato da paciente estar grávida.

Alternativa D: A sugestão de redução das doses habituais em 50% não é correta. O esquema com doses completas é necessário para garantir a eficácia do tratamento e prevenir a resistência bacteriana. Assim, as doses não devem ser reduzidas durante a gestação.

Em resumo, a escolha da alternativa A se justifica por estar alinhada com as orientações do Ministério da Saúde para o tratamento de tuberculose em gestantes, garantindo o melhor prognóstico para a paciente e o bebê.

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Comentários

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Gestante pode tomar esse esquema básico; infectados ou não por HIV; retratamento e caso novo.

O uso da piridoxina em gestante é devido ao efeito que a isoniazida pode provocar na criança.

A Piridoxina está indicada para carência de vitamina B6 no organismo, que pode ser causada por alcoolismo, queimaduras graves, distúrbios metabólicos, febre de longa data, hemodiálise, gastrectomia, hipertireoidismo, infecções, doenças do intestino, prevenção de neuropatia periférica ou induzida por outros medicamentos, como cicloserina, etionamida, hidralazina, imunossupressores, isoniazida, penicilamina, anticoncepcional oral. 

uso de Piridoxina durante a gestação DEVIDO A TOXIDADE DA ISONIAZIDA

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