É no trânsito da década de 1990 para os anos 2000 que ocorr...
Gabarito comentado
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Para resolver a questão proposta, precisamos entender o conceito de acumulação flexível e suas consequências sociais, especialmente em relação à saúde do trabalhador.
Tema central: A questão aborda as transformações econômicas e sociais decorrentes da transição para a acumulação flexível. Esse modelo surgiu a partir das crises do fordismo nos anos 1970 e caracteriza-se por uma produção mais flexível, adaptável e centrada no mercado. As condições de trabalho nessa era tendem a ser mais precarizadas, impactando diretamente a saúde do trabalhador.
Conceito teórico: A questão social refere-se aos problemas decorrentes das contradições do capitalismo, como desigualdades e precarização do trabalho. No contexto das mudanças nas condições de trabalho, a saúde do trabalhador é uma das manifestações dessas contradições. Para mais informações, consulte autores como Iamamoto (2007) que discutem a questão social no serviço social.
Justificativa da alternativa correta (D): A alternativa D, "é uma das expressões da questão social", está correta porque o recrudescimento das condições de trabalho, intensificado pela acumulação flexível, é uma manifestação direta das desigualdades e problemas sociais que caracterizam a questão social. Esse recrudescimento reflete a tensão entre capital e trabalho, afetando diretamente a saúde dos trabalhadores.
Análise das alternativas incorretas:
- A: "reafirma a pulverização do objeto de trabalho" - Essa afirmação não está correta. O "objeto de trabalho" refere-se aos elementos sobre os quais o trabalho é aplicado, mas a questão trata das condições de trabalho e não de uma divisão ou dispersão do objeto.
- B: "evidencia o caráter individualista da questão" - A saúde do trabalhador, inserida na questão social, não é uma questão individualista, mas sim coletiva e estrutural, ligada às dinâmicas sociais e econômicas.
- C: "inviabiliza a intervenção profissional" - Embora as mudanças nas condições de trabalho desafiem a intervenção profissional, elas não a inviabilizam. Pelo contrário, exigem uma ação ainda mais ativa dos profissionais do serviço social.
- E: "impossibilita a crítica ontológica do cotidiano" - Essa alternativa está incorreta porque a crítica ontológica, que analisa a essência e existência das condições sociais, pode ser aplicada justamente para entender e criticar as condições de trabalho sob a acumulação flexível.
Essa questão ilustra como as transformações no mundo do trabalho estão profundamente ligadas à questão social, exigindo dos profissionais do serviço social uma compreensão crítica e abrangente. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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Comentários
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O que esse quadro desvela é o recrudescimento da "questão social", decorrência do crescente antagonismo, inerente à ordem burguesa, entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Recrudescimento que corresponde à raiz de "uma nova pobreza de amplos segmentos da população" (IAMAMOTO, 1998) e que se expressa no agravamento da miséria, no crescimento do desemprego, na deterioração da qualidade de vida das "classes que vivem do trabalho" (ANTUNES, 1998).
http://www.ubiobio.cl/cps/ponencia/doc/p16.2.htm
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