E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de...

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Q583952 Português
Considere o texto abaixo para responder à pergunta.

    O especialista em estudos visuais Josep Català, da Universitat Autònoma de Barcelona, defende que os jogos de videogame podem representar o grande suporte expressivo das próximas décadas.

O processo de multiplicação de imagens tende a deixar as pessoas menos imaginativas?
Josep Català − A princípio, pensava que a imagem detinha a imaginação na comparação com a literatura, porque aquele que lê pode imaginar, enquanto a imagem já oferece essa passagem feita. Agora já não vejo assim. A imagem não bloqueia a imaginação, pelo contrário: está cheia de impulsos e estímulos que projetam a imaginação para mais além. É possível ficar só com a superfície da imagem, até porque a imaginação é um procedimento que requer esforço. Penso, então, que há vários tipos de imagem, algumas mais imaginativas e outras que de certa forma fecham as portas.

A literatura foi fonte para modos de comportamento no século 19, tal e qual o cinema inspirou comportamentos culturais do século 20. Podemos antever um pouco os suportes que pautam nosso comportamento na chamada nova era?
Há um fenômeno bem concreto. O século 19 produziu um largo processo de letramento e o romance se converte no instrumento de socialização por excelência; o mesmo acontece com o cinema no século 20. Penso que, neste momento, os videogames estariam prestes a assumir esse posto. Existem a internet e as novas tecnologias, mas a mais capaz de incorporar a condição emocional e socializante da narrativa é o videogame.

Quais os indícios desse processo?
Por enquanto, um videogame dificilmente consegue igualar a complexidade de um livro ou de um filme, mas no início do cinema este também não era muito elaborado. Quando o cinema começou, se alguém dissesse que ali havia um novo parâmetro artístico, seria acusado de louco. E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar a mesma complexidade de um grande romance.

É preciso então parar, com calma, e ver o videogame como forma simbólica – a possibilidade de criação de mundos imaginários e interface do jogador com esses mundos. A tendência é a de maior participação no mundo narrativo, de tal forma que a identificação, que se estabelecia de forma passiva, passe à forma ativa. Essa é a mudança que poderia haver, mas que ainda não se deu.

Como se estivéssemos esperando por um Chaplin dos videogames...
Sim. O exemplo de Chaplin é bom, porque Chaplin move as massas. Também temos que ver que esses novos meios não anulam os anteriores, mas vão se sobrepondo. Ler um livro, ver um filme e participar de um game são experiências distintas e até complementares.

Estamos vivendo a transição entre uma geração que cresceu com a televisão para uma geração que cresceu com internet. A tendência é que seja uma geração mais criativa?
Eu diria que sim. A geração da televisão é bastante passiva. Há reações ao que está acontecendo, mas também há uma passividade diante da crise. As novas tecnologias estão incentivando uma participação maior, mas que ainda não está bem desenvolvida. O potencial da internet como fonte de conhecimento ainda é pouco aproveitado.

(Adaptado de: LONGMAN, Gabriela. Entrevista [outubro, 2015]. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/1547... enquanto-o-chaplin-dos-games-nao-vem.shtml. Acesso em: 13 out. 2015) 
E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por: 
Alternativas

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A alternativa correta é a E - todavia.

Vamos entender por que essa é a resposta certa e por que as outras alternativas estão incorretas.

Para resolver essa questão, é necessário compreender os conectivos ou conjunções e o papel que desempenham em uma frase. No trecho destacado, "no entanto" é um conectivo adversativo, que indica uma oposição ou contraste em relação ao que foi dito anteriormente.

Portanto, a alternativa que substitui "no entanto" precisa ter o mesmo valor semântico, ou seja, também precisar indicar essa ideia de contraste.

Agora, vamos analisar cada alternativa:

E - todavia: Esta é a alternativa correta. A palavra "todavia" é uma conjunção adversativa, que pode ser usada para expressar oposição ou contraste, assim como "no entanto". Exemplo: "Ele estava cansado; todavia, continuou trabalhando." Aqui, há uma oposição entre o cansaço e a continuidade do trabalho, similar ao papel de "no entanto" no texto.

Vamos examinar por que as outras opções estão incorretas:

A - porquanto: "Porquanto" é uma conjunção causal ou explicativa, e significa "porque" ou "pois". Exemplo: "Ele se atrasou, porquanto perdeu o ônibus". Note que "porquanto" não indica contraste, mas sim causa.

B - em detrimento disso: "Em detrimento disso" indica uma idéia de prejuízo ou desfavorecimento em relação a algo anteriormente mencionado. Embora possa parecer que há uma oposição, essa expressão não se encaixa perfeitamente no sentido de contraste direto como "no entanto".

C - desse modo: "Desse modo" é uma conjunção explicativa ou conclusiva que indica uma consequência, similar a "assim". Exemplo: "Ele estudou muito; desse modo, foi aprovado". Não tem o valor de contraste exigido pelo contexto.

D - embora: "Embora" é uma conjunção concessiva, que introduz uma concessão, algo que poderia impedir uma ação, mas não impede. Exemplo: "Embora estivesse cansado, continuou trabalhando". Apesar de também indicar um contraste, "embora" é usado para introduzir uma concessão e não para ligar duas orações principais adversativas.

Portanto, a única alternativa que mantém a correção e o sentido original da frase é "todavia".

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Letra (e)


Conjunção Coordenativa Adversativas: exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação.

As principais são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Conjunções que não escutamos, não lemos e não usamos, porém causam muitos prejuízos para os candidatos: Contanto: se, caso, desde que (condicional); Porquanto: na medida em que (causal); Conquanto: embora (concessão).

Bons estudos!

CARA, VELHO, DECORA AS CONJUNÇÕES POR FAVOR.

GAB.E

As mais cobradas pela FCC: 

     

RESUMO.

               CONCESSIVA:      AINDA QUE,  

                                          APESAR DE,

                                            POSTO QUE,

                                            A DESPEITO DE   =   EMBORA

                                          MESMO QUE

           

         ADVERSATIVA:      NÃO OBSTANTE,

                                                MAS,

                                                AINDA ASSIM

 

            CONSECUTIVA:          TANTO QUE,

                                                    TÃO

 

            ADITIVA:                BEM COMO,

                                             NÃO  APENAS,

                                            TAMPOUCO =   TAMBÉM NÃO

 

            FINALIDADE:      para + verbo no infinitivo = finalidade

 .....................

 

PORTANTO         =           CONCLUSÃO.   POR CONSEGUINTE, LOGO, ENFIM.

 

PORQUANTO     =            CAUSA.  PORQUE,  UMA VEZ QUE, POIS, JÁ

QUE     ****     "Se for possível substituir a oração por: "porque motivo", significa  uma causa’.

 

CONQUANTO        =         CONCESSÃO. MESMO QUE,  AINDA QUE, APESAR DE, A DESPEITO DE, POSTO QUE,

CONTANTO       =              CONDIÇÃO.  SE NÃO, QUANDO NÃO

 

   

- porquanto: Conjunção Sub. Causal = porque, visto que, já que / Conjunção Coord. Explicativa: = poque, que, pois (antes verbo)

- em detrimento disso: Locução Prepositiva = em vez de

- desse modo: Conjunção Coord. Conclusiva = logo, portanto, assim, por isso, em vista disso, etc.

- embora: Conjunção Sub. Concessiva = apesar de, conquanto, não obstante, malgrado, etc.

- todavia: Conjunção Coord. Adversativa: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.

Fonte: Resumo pessoal

 

CAMPANHA: Informe a FONTE COMPLETA de seus comentários:

- Artigo com sua Lei

- Livro com o autor, título, editora, ano, página.

- Site com o endereço

- Aula com número, curso, página.

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