Paciente vítima de Infarto Agudo do Miocárdio evoluiu com FC...

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Q2419098 Medicina

Paciente vítima de Infarto Agudo do Miocárdio evoluiu com FC = 90 bpm, FR = 19 irpm, dispneia e presença de estertores pulmonares bibasais.


De acordo com os sinais e sintomas apresentados, a classificação de Killip e o prognóstico de morte desse paciente, são, respectivamente,

Alternativas

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A alternativa correta é a B: Killip II – 17%.

Vamos entender melhor o raciocínio por trás dessa questão. O enunciado descreve um paciente que sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e apresenta os seguintes sinais e sintomas: frequência cardíaca (FC) de 90 bpm, frequência respiratória (FR) de 19 irpm, dispneia e presença de estertores pulmonares bibasais. Esses dados são essenciais para classificar a severidade do paciente de acordo com a Classificação de Killip.

A Classificação de Killip é utilizada para avaliar a gravidade de pacientes com IAM, com base em sinais clínicos de insuficiência cardíaca. Veja como cada classe é definida:

  • Killip I: Pacientes sem sinais de insuficiência cardíaca.
  • Killip II: Presença de estertores pulmonares, distensão venosa jugular ou outros sinais de insuficiência cardíaca leve.
  • Killip III: Edema pulmonar franco.
  • Killip IV: Choque cardiogênico ou hipotensão com sinais de hipoperfusão.

O paciente descrito apresenta dispneia e estertores pulmonares bibasais, indicando uma insuficiência cardíaca leve. Portanto, ele se enquadra na classe Killip II.

Para cada classe de Killip, há uma correlação com o prognóstico de morte:

  • Killip I: mortalidade de aproximadamente 6%.
  • Killip II: mortalidade de aproximadamente 17%.
  • Killip III: mortalidade de aproximadamente 23%.
  • Killip IV: mortalidade de aproximadamente 38%.

Portanto, a classificação de Killip do paciente é Killip II, e o prognóstico de morte é de 17%.

Vamos analisar agora as alternativas incorretas:

A - Killip I – 6%: Incorreta, pois o paciente apresenta sinais de insuficiência cardíaca leve, e não está sem sinais de insuficiência cardíaca.

C - Killip III – 23%: Incorreta, porque o paciente não apresenta edema pulmonar franco, mas apenas estertores pulmonares bibasais.

D - Killip IV – 38%: Incorreta, já que o paciente não apresenta choque cardiogênico ou hipotensão com sinais de hipoperfusão.

E - Killip V – 81%: Incorreta, pois não existe uma classificação Killip V. As classes de Killip vão de I a IV.

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GABARITO LETRA B, KILLIP II, mortalidade 17%.

Fundamento:

CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP:  a classificação de Killip e Kimball foi criada na década de 60 para definição prognóstica em pacientes com SCA, demonstrando graus de evolução de insuficiência cardíaca, onde a congestão vai progressivamente aumentando e o débito cardíaco reduzindo.  Foi usada, na época, para avaliar chances de sobrevida de pacientes com SCA em 30 dias.

KILLIP 1 (mortalidade 6%) - Sem evidências de insuficiência do VE, isto é, sem sinais de congestão

KILLIP 2 (mortalidade 17%) - Insuficiência do VE leve a moderada. congestão leve- estertores pulmonares, B3 e pressão venosa central elevada.

KILLIP 3 (mortalidade 38%) - Insuficiência grave de VE e edema pulmonar. Congestão grave- EAP.

KILLIP 4 (mortalidade 81%)- Choque cardiogênico- hipotensão, taquicardia, obnubilação, oligúria

FONTE: https://rmmg.org/exportar-pdf/2700/v30s04a06.pdf

A intervenção precoce do paciente com síndrome coronariana aguda e sua

implicação na redução da morbimortalidade cardiovascular. Rev Med Minas Gerais 2020;30 (Supl 4): S33-S40 33

A ALTERNATIVA CORRETA É: B - Killip II – 17%.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

  • Alternativa A (Killip I – 6%): O paciente apresenta sinais de insuficiência cardíaca, como estertores pulmonares bilaterais, o que não corresponde ao Killip I, que é a classificação de pacientes sem sinais de insuficiência cardíaca.
  • Alternativa C (Killip III – 23%): A classificação Killip III corresponde a edema pulmonar grave, com dificuldades respiratórias mais acentuadas, como hipoxemia significativa. A descrição do paciente com estertores bilaterais e dispneia pode não ser tão grave a ponto de se encaixar aqui.
  • Alternativa D (Killip IV – 38%): A classificação Killip IV refere-se a pacientes com choque cardiogênico, o que não é o caso do paciente, que apresenta sinais de insuficiência cardíaca, mas sem hipotensão grave ou choque.
  • Alternativa E (Killip V – 81%): Não existe uma classificação Killip V.

EM RESUMO: O paciente tem sinais de insuficiência cardíaca moderada, caracterizada por estertores pulmonares bilaterais e dispneia. Isso corresponde à classificação Killip II, com um risco de mortalidade de cerca de 17%.

PONTOS CHAVE:

  • Killip II é a classificação para pacientes com insuficiência cardíaca moderada (estertores pulmonares limitados e dispneia).
  • O prognóstico de mortalidade para Killip II é de aproximadamente 17%.
  • A classificação Killip ajuda a avaliar o risco de morte em pacientes com infarto agudo do miocárdio, com base na presença e gravidade da insuficiência cardíaca.

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