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Q307993 História
15 de Novembro

A Monarquia – Não é por falar mal, mas com franqueza... eu esperava outra coisa.
A República – Eu também!
(Revista FON-FON)

Mudanças políticas alimentaram grandes esperanças, mas as expectativas nem sempre são correspondidas. O diálogo publicado às vésperas do 20º aniversário da República, em 13 novembro de 1909, mostra que nem todos os brasileiros estavam satisfeitos como novo regime.
As insatisfações com a República ocorreram por meio de movimentos populares, durante a primeira década do século XX, na Capital Federal. Esses movimentos foram:

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Gabarito: B - Revolta da Vacina e Revolta da Chibata.

Comentário:

A alternativa correta é a letra B, que aponta para a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata. Ambos os movimentos ocorreram na primeira década do século XX, no Rio de Janeiro, que na época era a Capital Federal do Brasil.

A Revolta da Vacina, em 1904, foi uma resposta popular à campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, implementada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. A obrigatoriedade e a forma truculenta como foi conduzida a campanha geraram um grande descontentamento na população, levando a um levante.

A Revolta da Chibata, por sua vez, eclodiu em 1910, quando marinheiros da Marinha do Brasil, liderados por João Cândido, o "Almirante Negro", se rebelaram contra os castigos físicos, ainda permitidos e praticados na instituição. Buscavam melhores condições de trabalho e o fim da chibata como forma de punição.

As demais alternativas mencionam revoltas que ou ocorreram em outros períodos ou que não estão associadas ao contexto da insatisfação popular com a República na primeira década do século XX.

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Gabarito B

O que foi

 

A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Causas principais

 

- A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.

 

- O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortiços e habitações populares fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.
 

O que aconteceu durante a revolta 

 

-  Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

 

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

 

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

 

Reação do governo e consequências

 

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

 

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

 

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

 

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro. 

A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.  
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros. 

Causas da revolta 
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta. 

O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.

Reivindicações
O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).

Segunda revolta 
Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha. 

O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.

Conclusão: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares

GABARITO - B

(...ocorreram por meio de movimentos populares, durante a primeira década do século XX, na Capital Federal.)

Revolta da Vacina e Revolta da Chibata, ambas no Rio de Janeiro(capital do país na época).

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