“...mas é bom saber que a neurociência discorda dele.”. A co...
Texto I
Por que cometemos atos falhos?
Por que você trocou o nome da namorada na hora H? Freud explica, mas é bom já saber que a neurociência discorda dele. Segundo a psicanalista Vera Warchavchik, a primeira explicação veio no livro Psicopatologia da vida cotidiana, de 1901, em que Freud descreveu o ato falho como uma confusão com um sentido maior por trás. Ou seja, para Freud, você fala “sem querer querendo”. Isso aí: todos temos nossos momentos Chaves.
Já a neurociência considera esse deslize um esquecimento corriqueiro sem nenhum significado especial. Ele acontece porque, ao contrário de uma filmadora, o cérebro não grava todos os mínimos detalhes dos acontecimentos, mas apenas as informações principais. Quando ativamos nosso banco de dados para buscar a situação completa, ele monta esses dados como se editasse um filme. E, para ligar uma coisa a outra, preenche as lacunas com algumas invenções. Pronto! É exatamente nesse momento que surgem as confusões, que, se pegarem mal, serão consideradas atos falhos. A contragosto dos psicanalistas, seriam simples e pequenos tilts na memória sem nenhuma razão oculta. Por isso, na próxima vez que der uma mancada na cama, diga que a culpa é do seu cérebro.
(Natália Kuschnaroff)
“...mas é bom saber que a neurociência discorda dele.”. A conjunção sublinhada tem valor adversativo, ou seja, opõe dois posicionamentos, que são:
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Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão e entender o que está sendo perguntado:
A questão quer que identifiquemos qual é a oposição de ideias expressada pela conjunção “mas” no texto. Essa conjunção é usada para introduzir uma ideia que contraria ou limita a anterior.
Alternativa correta: E - neurocientistas X Freud.
Para entender por que essa é a alternativa correta, precisamos analisar o texto. Ele menciona duas abordagens principais sobre os atos falhos:
- Freud: Ele acredita que os atos falhos têm um significado oculto, um "sentido maior por trás".
- Neurocientistas: Eles discordam de Freud e consideram que os atos falhos são apenas esquecimentos comuns, sem um significado oculto.
Portanto, a conjunção “mas” é usada para mostrar a contraposição entre a visão de Freud e a dos neurocientistas.
Vamos agora analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
Alternativa A - Freud X psicanalistas: Isso está incorreto porque os psicanalistas, em geral, seguem a linha de pensamento de Freud. Não há uma oposição entre eles no texto.
Alternativa B - psicanalistas X empiristas: O texto não menciona empiristas, e a oposição principal é entre neurocientistas e Freud, não psicanalistas e empiristas.
Alternativa C - empiristas X psicólogos: Novamente, o texto não menciona empiristas ou psicólogos de forma a criar uma oposição entre eles.
Alternativa D - psicólogos X neurocientistas: Essa alternativa está errada porque a oposição no texto é entre Freud (representando uma parte da psicanálise) e os neurocientistas, e não entre psicólogos e neurocientistas.
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