Diante das complexidades econômicas enfrentadas durante o g...

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Q2347199 História
Diante das complexidades econômicas enfrentadas durante o governo de João Goulart e em relação ao Plano Trienal de desenvolvimento econômico-social, é possível afirmar que?
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O gabarito da questão é a alternativa C. Vamos analisar os pontos principais para compreender por que essa é a resposta correta.

Ao anunciar o Plano Trienal, o governo de João Goulart pretendia enfrentar os desafios econômicos do país, mas acabou recebendo críticas e protestos de diferentes setores da sociedade. O CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), por exemplo, foi um dos críticos do plano, apontando-o como "caráter reacionário". Essa oposição evidencia que o plano não foi bem-recebido por setores importantes que poderiam apoiar o governo nacionalista.

Além disso, a tentativa de nacionalização da American Foreign Power, uma companhia de energia elétrica muito presente no Brasil à época, acabou por comprometer a imagem do governo. Este fato demonstra a complexidade das relações entre o governo nacionalista e os investimentos estrangeiros, e como as ações do governo impactaram na sua percepção tanto internamente quanto no cenário internacional.

Portanto, a resposta correta aborda a conflituosa aceitação do Plano Trienal e os desafios que o governo Goulart enfrentou de setores trabalhistas e em relação à sua política nacionalista.

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A) A alternativa A apresenta uma descrição precisa das contradições e críticas ao Plano Trienal. O plano prometia combater a inflação sem sacrificar o desenvolvimento, mas na prática, pedia moderação salarial aos trabalhadores, gerando insatisfação nos setores sindicais e nacionalistas.

B) A alternativa B contém uma imprecisão. O Plano Trienal inicialmente recebeu apoio dos setores sindicais, mas logo perdeu esse apoio devido às medidas de controle de salários e preços. A resistência dos empresários e organizações nacionalistas também foi significativa.

C) A alternativa C é a mais completa e abrangente. O Plano Trienal gerou críticas e protestos de diversos setores, incluindo o CGT, que o considerava "reacionário". A tentativa de compra da American Foreign Power (AMPF) também contribuiu para a fragilização do governo nacionalista.

D) A alternativa D apresenta uma visão idealizada da composição do ministério. A diversidade de correntes políticas, embora presente, gerou instabilidade e dificultou a implementação de medidas coesas. O "nacionalismo" e o "militarismo" não eram monolíticos e apresentavam diferentes visões dentro de si.

E) A alternativa E oferece uma visão incompleta do impacto do Plano Trienal. O plano não foi um sucesso absoluto. A inflação desacelerou, mas o crescimento econômico foi baixo, gerando insatisfação social. Essa situação contribuiu para o aumento das tensões sociais e o golpe de Estado de 1964.

João Goulart assumiu a presidência do Brasil em 1961 em meio a um quadro de grande instabilidade política e econômica. Chegou ao cargo após o Congresso Nacional receber um inesperado pedido de renúncia do então , do qual Goulart era vice. Na ocasião da renúncia, Jango, como era normalmente chamado João Goulart, estava em viagem na China, país que havia assumido posicionamento de afinidade com o socialismo. Jango também era tido como simpatizante das idéias revolucionárias e desagradava os políticos e empresários nacionais, por isso em seu regresso ao Brasil houve tentativas de o impedir de assumir a presidência, o que era de seu direito. Esse estigma de ligação com o socialismo marcou politicamente o restante do governo de João Goulart que nem chegou ao fim do mandato, pois foi interrompido pelo Golpe Militar.

Não só políticos foram os problemas enfrentados por João Goulart, mas também econômicos. O Brasil passava por uma fase marcada por elevados índices inflacionários nos anos de 1961, 1962 e 1963, o que esteve relacionado também com a instabilidade política. No final de 1962, Jango reuniu sua equipe liderada pelo Ministro do Planejamento  para elaborar medidas que pudessem conter a inflação que batia marcas de 70%.

Plano Trienal foi uma proposta elaborada por Celso Furtado que visava combater a inflação e fazer o Brasil crescer a uma taxa de 7% ao ano, além de iniciar uma política de . A execução do Plano Trienal partia do princípio de substituição das mercadorias importadas por mercadorias nacionais, feita de forma gradual. Acreditava-se, assim, que a valorização da mercadoria interna ajudaria a aquecer o mercado nacional e alavancar a economia.

Plano Trienal fazia grandes investimentos no mercado interno e acreditava numa taxa de crescimento das indústrias brasileiras na casa dos 70%, o que era surreal. Tais crenças demonstravam como a proposta era mal elaborada, além de evidenciar contradições, já que ocorreu aumento de impostos e tarifas, aumento de salários e busca de recursos externos em meio a uma política de combate ao produto estrangeiro.

GAB:C

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