Tanto na tira do cartunista Bruno Maron, quanto no poema de...
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Ano: 2023
Banca:
IV - UFG
Órgão:
MAPA
Provas:
CS-UFG - 2023 - MAPA - Químico
|
CS-UFG - 2023 - MAPA - Farmacêutico |
Q2349813
Português
Texto associado
Texto II
Poema em linha reta - Fernando Pessoa
Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil
Leia os textos a seguir.
Texto I
Disponível em: <https://ronaldobressane.com/2015/09/01/feios-xulos
malvados-e-outros-trocos-pra-zoar-a/>. Acesso em: 10 nov. 2023.
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza
Argh! Estou farto de semideuses
Argh! Onde é que há gente? Onde é que há gente no mundo?
Disponível: http://arquivopessoa.net/textos/2224. Acesso em: 10 nov.
2023.
Tanto na tira do cartunista Bruno Maron, quanto no poema
de Fernando Pessoa, vemos a falsa representação da
perfeição relacionada aos modos de vida em sociedade, ou
seja, há uma crítica ao mundo das aparências falseada nas
relações sociais. A tira faz uma alusão ao poema, lançando
não só uma atualização do contexto do eu-lírico, como
também uma parodização do poeta português. O fator de
textualidade explorado nessa relação é a