Sobre o período colonial, analise as afirmativas abaixo: I....
I. A ideia de Monarquia Pluricontinental, cuja intenção é de ultrapassar a tese da sociedade da América lusa como um simples canavial escravista submetido aos humores de um suposto capitalismo comercial e de um Estado Absolutista, possibilita uma compreensão na qual as relações periferia e centro na Monarquia lusa (“metrópole e colônia”) são pautadas em uma visão corporativa e polissinodal.
II. A concepção corporativa e polissinodal da Monarquia Lusa sustenta que o príncipe era a cabeça da sociedade, porém não se confundia com ela. Daí a possibilidade de existirem negociações entre os Poderes Locais, inclusive os das Conquistas ultramarinas, e o Poder Central.
III. Ainda hoje, por falta de registros que permitam formular uma contestação, a concepção de exclusivismo comercial é a que melhor descreve as relações econômicas entre a coroa lusitana e a América Portuguesa. Segundo tal teoria, a colônia só poderia comercializar com sua metrópole ou com os mercadores que convinham a Portugal.
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Análise da Questão e Comentário sobre o Gabarito:
Abordando o período colonial com uma perspectiva aprofundada, é essencial entender a estrutura da Monarquia Pluricontinental. Esta visão nos leva além da simplificação da sociedade da América lusa como uma mera extensão de plantações de cana-de-açúcar e escravidão, submetida aos caprichos do comércio e do Estado Absolutista. É importante observar que as relações entre a periferia e o centro, ou seja, a colônia e a metrópole, eram baseadas em uma estrutura corporativa e polissinodal, o que significava uma abordagem mais complexa e integrada, incluindo negociações e interações entre vários níveis de poder.
A concepção de que o príncipe era a cabeça da sociedade, mas ao mesmo tempo distinto dela, possibilitava um sistema de negociações entre os diferentes Poderes Locais, o que incluía os poderes das Conquistas ultramarinas, e o Poder Central. Essas negociações eram caracterizadas por uma dinâmica corporativa e polissinodal, que de fato diferenciava a organização política e social dos portugueses.
Contrariamente à afirmação III, existe contestação à teoria do exclusivismo comercial. Historiadores e pesquisadores têm revelado que, apesar de Portugal ter estabelecido diretrizes para controlar o comércio com suas colônias, na prática, ocorriam comércios ilícitos e negociações que desafiavam essa regra. Portanto, a concepção de exclusivismo comercial não é suficiente para descrever inteiramente as complexas relações econômicas entre a coroa lusitana e a América Portuguesa.
Com base na análise das afirmativas, a opção correta é a Alternativa B - apenas I e II, pois reflete corretamente a complexidade das estruturas políticas e econômicas do período colonial, sem se ater a uma visão simplista e ultrapassada.
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I e II
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