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Q2040675 Psicologia
Paciente do sexo feminino, 67 anos, evangélica, casada há 40 anos, 2 filhos independentes, dona de casa, internou-se para realização de biopsia cerebral. Contudo, houve intercorrências durante o procedimento que impediram a realização da biópsia e a paciente sofreu o rompimento de uma artéria importante, deixando-a com sequelas. Após 2 meses e meio de internação para tratamento e restabelecimento da paciente, ela recebe alta hospitalar com traqueostomia, sem andar ou comer sozinha. O esposo da paciente mantém uma atitude de revolta e diz que não vai levar a paciente para casa enquanto ela não sair do hospital melhor do que entrou. Você é psicólogo do setor de enfermaria e tem acompanhado o caso desde o início. Como você procede? 
Alternativas

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A alternativa correta para essa questão é a Alternativa A.

Para compreender o contexto desta questão, precisamos pensar na atuação do psicólogo em ambiente hospitalar, especialmente em situações complexas e delicadas como a apresentada. A psicologia da saúde busca entender os aspectos emocionais e sociais que influenciam a saúde e a recuperação dos pacientes. Aqui, o foco está em como o psicólogo pode facilitar o processo de aceitação e adaptação à nova realidade vivida pela paciente e sua família.

Justificativa da Alternativa Correta:

A Alternativa A propõe que o psicólogo entreviste o familiar para compreender as demandas latentes por trás de sua recusa em levar a paciente para casa. Isso está alinhado com a prática psicológica, que envolve a escuta ativa e o entendimento dos sentimentos e resistências dos familiares. O psicólogo deve identificar medos, ansiedades e expectativas irreais do esposo, e trabalhar junto a ele para encontrar um caminho que facilite a aceitação da nova condição da paciente.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa B: Sugerir que a equipe de cuidados prolongue a internação até que a paciente esteja totalmente recuperada ignora a realidade médica e os riscos associados a uma permanência hospitalar desnecessariamente longa. Além disso, não considera a viabilidade médica ou institucional.

Alternativa C: Entrevistar os filhos para buscar outro suporte social pode ser útil, mas não aborda diretamente a resistência do esposo, que é a questão central apresentada. Esta alternativa desvia o foco do problema imediato.

Alternativa D: Usar técnicas de persuasão para convencer o familiar a levar a paciente para casa, ao alertar para riscos de infecção, pode ser visto como uma abordagem coercitiva e não leva em consideração os aspectos emocionais e psicológicos que precisam ser trabalhados.

Alternativa E: Optar por não intervir sob a justificativa de que a alta ocorrerá independente da concordância do familiar ignora o papel do psicólogo em facilitar a transição e em prover apoio emocional e prático à família.

Em suma, a atuação do psicólogo deve ser centrada no apoio e na mediação, buscando sempre compreender os sentimentos dos envolvidos e trabalhar em conjunto com a equipe médica para o bem-estar do paciente e de sua família.

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Psicólogo não pode induzir o paciente a qualquer tipo de decisão própria! Sempre prestar a escuta como forma de compreender a demanda e ajudar o paciente na tomada de decisão

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