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Ano: 2017
Banca:
FAEPOL
Órgão:
Prefeitura de Cachoeiras de Macacu - RJ
Prova:
FAEPOL - 2017 - Prefeitura de Cachoeiras de Macacu - RJ - Guarda Civil Municipal |
Q2035141
Português
Texto associado
Terceira idade no Brasil ainda tem desafios
O idoso brasileiro está vivendo mais, mas a qualidade
desses anos ainda deixa a desejar. A informação faz parte
do último relatório Global AgeWatch Index, que avalia os
melhores lugares para se viver na terceira idade. Entre as
96 nações analisadas pelo índice, o Brasil figurou no 56o
lugar. O documento mostra que, no país, os cidadãos
acima de 60 anos têm, em média, 21 anos a mais pela
frente. O índice é compatível com a média mundial. No
entanto, a falta de acesso a serviços básicos como
transporte e segurança compromete a qualidade de vida
da população da terceira idade no Brasil.
O relatório mostra que o Brasil se destaca pelo seu
amplo programa de previdência, que atende a 86% dos
seus idosos e mantém grande parte da população mais
velha fora da linha da pobreza - na maioria dos países de
baixo e médio rendimento, apenas uma em cada quatro
pessoas acima dos 65 anos recebe uma pensão.
No entanto, o posicionamento do Brasil na lista foi
prejudicado por problemas que afetam não somente os
idosos, mas também cidadãos brasileiros de outras faixas
etárias. “O Brasil não é tão bom em fornecer um ambiente
propício para o envelhecimento. O medo de crimes e o
acesso ao transporte público são grandes questões para
os idosos brasileiros”, analisa Asgar Zaidi, professor de
políticas sociais internacionais na Universidade de
Southampton e um dos autores do levantamento global.
Além de planos de aposentadoria e de acesso
universal à saúde, o trabalho revela que os melhores
países para se envelhecer também investem há décadas
em mudanças sociais e ambientais voltadas especialmente
para os idosos. “O Brasil tem um sistema de saúde que
presta uma atenção universalizada. Então, é notável que,
mesmo com tantos benefícios, nós não conseguimos ficar
numa posição melhor no índice. Isso chama a atenção
para o fato de que as nossas soluções não estão
atendendo aos nossos problemas”, acredita Otávio
Nóbrega, vice- presidente da Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia no Distrito Federal.
De acordo com o especialista, idosos com pior
qualidade de vida não são necessariamente os mais
doentes. Cidadãos da terceira idade sofrem com questões
como o abandono, a falta de uma ocupação e a carência
por atividades que atendam às suas necessidades
especiais. “A qualidade de vida é, provavelmente, mais
determinada pelo ambiente social do que propriamente
pelo estado geral de saúde. Hoje, uma premissa muito
importante não é somente evitar o envelhecimento e as
morbidades, mas também tentar remediar e controlar as
limitações físicas, intelectuais e cognitivas que podem
ocorrer com o envelhecimento”, aponta Nóbrega, que
também é professor na Universidade de Brasília (UnB).
(Disponível em: http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/09/10/
noticias-saude.1 87086/terceira-idade-no-brasil-ainda-temdesafios.shtml)
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