Nos idosos, a hipocloridria afeta a absorção de cálcio e de ...

Para resolver a questão apresentada, precisamos entender dois conceitos principais: a hipocloridria em idosos e a biodisponibilidade de nutrientes, especificamente cálcio e ferro não heme.

A hipocloridria refere-se à baixa produção de ácido clorídrico no estômago, um problema comum em idosos. O ácido clorídrico é importante porque ajuda a manter o ferro e o cálcio solúveis para serem bem absorvidos no intestino.

Na questão, foi afirmado que a absorção de cálcio e ferro é aumentada quando o ácido clorídrico está baixo, devido à solubilidade em pH acima de 5,0. Essa afirmação está incorreta. Na realidade, a baixa acidez (hipocloridria) prejudica a solubilidade desses minerais, diminuindo sua absorção, já que eles necessitam de um ambiente ácido para serem absorvidos de forma eficaz.

Portanto, a alternativa correta é a letra E - errado, pois a hipocloridria, na verdade, reduz a absorção dos nutrientes mencionados, e não a aumenta.

Para interpretar e responder questões desse tipo, é importante:

• Reconhecer as funções do ácido clorídrico no processo digestivo.
• Entender a relação entre pH e solubilidade de minerais como cálcio e ferro.
• Saber que a hipocloridria está associada a uma diminuição na absorção de alguns nutrientes.

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Segundo Podrabsky (1995) e Nogués (1995), a hipocloridria afeta bastante a absorção de cálcio e de ferro não-heme. O ácido clorídrico mantém tanto o ferro férrico quanto o cálcio solúveis por meio dos seus efeitos acidificantes para serem absorvidos no trato intestinal. Nos casos em que há baixa produção de ácido clorídrico, a absorção desses nutrientes é diminuída em razão de sua insolubilidade em pH acima de 5,0. Apesar de o ácido ascórbico aumentar a solubilidade e a absorção do ferro ferroso em pH neutro ou levemente alcalino, a quelação entre estes só ocorrerá num meio ácido. Com relação ao cálcio, as evidências recentes mostram que apenas a ingestão isolada deste apresenta limitada biodisponibilidade na falta da acidez gástrica (Russell, 1992).