Os inibidores seletivos da COX-2, ou coxibes, foram desenvo...
Levando em consideração os conhecimentos sobre essa classe de fármacos, assinale a alternativa CORRETA:
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Vamos analisar a questão sobre os inibidores seletivos da COX-2, conhecidos como coxibes. Estes são fármacos que foram desenvolvidos para bloquear a ação da isoenzima COX-2, que é responsável pela síntese de prostaglandinas em locais de inflamação. O principal objetivo é reduzir a inflamação sem afetar a COX-1, que desempenha funções protetoras no trato gastrointestinal, rins e plaquetas.
A alternativa correta é a B: "Os inibidores da COX-2 inibem a síntese de prostaciclina mediada pela COX-2 no endotélio vascular."
Justificativa: A prostaciclina é uma substância vasodilatadora e inibidora da agregação plaquetária, sintetizada pela ação da COX-2 no endotélio vascular. Quando a ação da COX-2 é inibida, a produção de prostaciclina também é reduzida, o que pode influenciar no aumento do risco cardiovascular, um efeito adverso importante dos coxibes.
Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:
A - "Os inibidores da COX-2, independente da dose administrada, não têm impacto sobre a agregação plaquetária, que é mediada pelo tromboxano produzido pela isoenzima COX-1."
Incorreto: Embora os coxibes tenham pouca influência direta sobre a COX-1 e, portanto, sobre o tromboxano, a redução da prostaciclina, que é um antiagregante plaquetário, pode indiretamente afetar a agregação plaquetária.
C - "O meloxicam é uma enolcarboxamida relacionada com o piroxicam que inibe, exclusivamente, a COX-2."
Incorreto: O meloxicam é mais seletivo para a COX-2 do que os anti-inflamatórios tradicionais, mas não é um inibidor exclusivo da COX-2. Ele ainda pode inibir a COX-1, especialmente em doses mais altas.
D - "Os inibidores da COX-2 apresentam os efeitos cardioprotetores dos AINEs não seletivos tradicionais."
Incorreto: Na verdade, os coxibes não apresentam os efeitos cardioprotetores dos AINEs tradicionais. Ao contrário, a inibição da prostaciclina pode aumentar os riscos cardiovasculares, como já mencionado.
Ao responder questões como esta, é importante observar que os inibidores da COX-2 têm implicações clínicas significativas, especialmente em relação ao risco cardiovascular. Entender suas ações e efeitos adversos ajuda a escolher a alternativa correta com mais segurança.
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Comentários
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nenhum AINES bloqueia exclusivamente somente uma das coxes, existem aqueles.que tem maior afinidade por uma, ou por outra, ou por ambas
- Alternativa A O erro na alternativa A está na afirmação categórica de que os inibidores da COX-2 "não têm impacto sobre a agregação plaquetária, independentemente da dose administrada". Embora seja verdade que esses inibidores não afetam diretamente o tromboxano produzido pela COX-1, a redução da síntese de prostaciclina no endotélio vascular pela inibição da COX-2 pode indiretamente influenciar o risco de eventos trombóticos e, consequentemente, a agregação plaquetária.
- Alternativa B Os inibidores seletivos da COX-2 (como celecoxibe, rofecoxibe, etc.) atuam principalmente na enzima COX-2, que é responsável pela produção de prostaglandinas envolvidas na inflamação, dor e febre. A prostaciclina, que é uma dessas prostaglandinas, é produzida pela COX-2 no endotélio vascular. Ela tem um papel importante na vasodilatação e na inibição da agregação plaquetária. Quando a COX-2 é inibida, a produção de prostaciclina diminui, o que pode reduzir a vasodilatação e aumentar o risco de trombose, pois o equilíbrio entre prostaciclina (antiagregante) e tromboxano (agregante) fica comprometido. Esse efeito é um dos motivos pelos quais os inibidores seletivos da COX-2 podem ter um risco cardiovascular aumentado.
- Alternativa C está incorreta porque o meloxicam, embora tenha maior afinidade pela COX-2, não é exclusivamente um inibidor da COX-2 e também inibe a COX-1, especialmente em doses mais altas.
- Alternativa D está incorreta porque os inibidores seletivos da COX-2 não têm os mesmos efeitos cardioprotetores dos AINEs não seletivos, e, na verdade, podem estar associados a um aumento do risco cardiovascular.
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