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Q708752 Enfermagem
É papel do enfermeiro identificar informações da gestante que podem indicar a necessidade de encaminhamento ao pré-natal de alto risco. Assinale a alternativa correta sobre possíveis fatores de risco.
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A alternativa correta é a Alternativa B. Vamos entender o porquê.

Durante o pré-natal, é fundamental que o enfermeiro esteja atento a fatores que possam indicar a necessidade de encaminhamento ao pré-natal de alto risco. Esses fatores podem ser de natureza médica, social ou psicológica, e a identificação precoce pode fazer uma diferença significativa na saúde da gestante e do bebê.

Alternativa B: A presença de doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento, como psicoses e depressão grave, é um importante fator de risco. Essas condições podem influenciar o comportamento da gestante, sua adesão ao tratamento e o cuidado com a própria saúde e a do bebê. Assim, o acompanhamento especializado no pré-natal de alto risco é essencial.

Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: Embora o ganho ponderal inadequado, infecção urinária e anemia sejam preocupações comuns em gestantes, eles não são, por si só, critérios absolutos para encaminhamento ao pré-natal de alto risco. Esses problemas geralmente podem ser geridos em um pré-natal de baixo risco, desde que sejam monitorados corretamente.

Alternativa C: Condições ambientais desfavoráveis são preocupantes, mas elas não garantem a necessidade de pré-natal de alto risco. Altura inferior a 1,45m pode ser um indicativo de desproporção céfalo-pélvica, mas necessita ser avaliada junto a outros fatores antes de definir o risco obstétrico.

Alternativa D: Embora intervalos interpartais menores que dois anos ou maiores que cinco anos precisem de atenção especial, eles não determinam automaticamente um pré-natal de alto risco. Esses casos requerem um acompanhamento cuidadoso, mas o risco depende de uma avaliação mais abrangente do histórico da gestante.

Compreender esses fatores de risco é essencial para atuar de forma eficaz na saúde da mulher e garantir um cuidado integral e seguro para a gestante. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica

* Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos;

* Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;

* Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente;

* Situação conjugal insegura;

* Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular);

* Condições ambientais desfavoráveis;

* Altura menor do que 1,45m;

* IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade;

* Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;

* Macrossomia fetal;

* Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;

* Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos;

* Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);

* Cirurgia uterina anterior; 

* Três ou mais cesarianas;

* Ganho ponderal inadequado;

* Infecção urinária;

* Anemia.

Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco

* Cardiopatias;

* Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);

*Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);

* Endocrinopatias (especialmente DM, hipotireoidismo e hipertireoidismo);

* Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);

* HAS crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo 

(PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG);

* Doenças neurológicas (como epilepsia);

* Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.);

* Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses);

* Alterações genéticas maternas;

* Antecedente de TVP ou embolia pulmonar;

* Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras);

* Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis 

terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);

* Hanseníase;

* Tuberculose;

* Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;

* Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado;

* Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida;

* História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou 

perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI);

* Abortamento habitual;

* Esterilidade/infertilidade;

* Restrição do crescimento intrauterino;

* Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;

* Gemelaridade;

* Malformações fetais ou arritmia fetal;

*Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória).

Fonte: http://se.corens.portalcofen.gov.br/caderno-32-pre-natal-baixo-risco-e-manual-tecnico-de-gestacao-de-alto-risco_21213.html

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