As características listadas abaixo são usadas em taxonomia ...

A alternativa correta é E - tipo de plasmídeo.

Vamos entender por que essa alternativa é a correta e analisar as demais opções.

E - tipo de plasmídeo: Plasmídeos são elementos genéticos extracromossômicos em procariontes que podem conferir vantagens, como resistência a antibióticos, mas não são usados como critérios na taxonomia clássica desses organismos. A taxonomia clássica foca em características fenotípicas e morfológicas.

A - natureza da parede celular: A parede celular é uma característica crucial na taxonomia de procariontes. Bactérias podem ser classificadas como Gram-positivas ou Gram-negativas, com base na estrutura da sua parede celular, o que é essencial na identificação e classificação desses micro-organismos.

B - metabolismo: As vias metabólicas são fundamentais para a classificação de procariontes. Essa característica inclui a capacidade de determinados procariontes de utilizar diferentes tipos de fontes de energia, como luz (fototróficos) ou substâncias químicas (quimiotróficos), e diferentes substratos para crescimento.

C - formato celular: O formato celular é uma característica morfológica importante em taxonomia. Procariontes podem ter formas variadas, como cocos (esféricos), bacilos (bastonetes) e espirilos (espiralados), o que ajuda na identificação e classificação dos mesmos.

D - mobilidade: A capacidade de movimentação, via estruturas como flagelos ou cilios, também é utilizada na taxonomia clássica. A presença e o tipo de estruturas de locomoção são características diagnósticas importantes.

Em resumo, a questão aborda a taxonomia clássica de procariontes, que se baseia em características fenotípicas e morfológicas. Natureza da parede celular, metabolismo, formato celular e mobilidade são critérios tradicionais e amplamente utilizados. No entanto, o tipo de plasmídeo não é um critério clássico para a classificação taxonômica de procariontes, tornando esta a alternativa correta.

Espero que esta explicação tenha te ajudado a entender melhor a questão e os conceitos envolvidos. Se tiver mais dúvidas, sinta-se à vontade para perguntar!

Plasmídeos

Os plasmídeos são pequenas moléculas circulares de DNA bacteriano que atuam principalmente em funções adaptativas.

Os plasmídeos (ou plasmídios) são moléculas extracromossômicas circulares de DNA bacteriano. Essas moléculas destacam-se por sua capacidade de duplicação independente, ou seja, são capazes de se replicar independentemente do DNA cromossomal. Por esse motivo, em uma célula bacteriana, é possível encontrar várias cópias de plasmídeos.

→ Importância dos plasmídeos para as bactérias

Normalmente os plasmídeos apresentam funções relacionadas com a sobrevivência de bactérias, garantindo vantagem seletiva. É comum, por exemplo, a presença de plasmídeos com genes que garantem resistência a antibióticos. Existem ainda plasmídeos, chamados de plasmídeos de virulência, que aumentam a capacidade da bactéria de causar doença; plasmídeos que protegem contra substâncias que possam causar dano e aqueles que possibilitam a metabolização de vários substratos.

Os plasmídeos também possuem uma região com genes que são responsáveis por funções como replicação, manutenção e transferência. Essa região é constante, mas as regiões relacionadas com adaptação são variáveis.

→ Classificação dos plasmídeos

Existem várias formas de se classificar os plasmídeos, sendo a principal a divisão em dois grupos: conjugativos (ou conjuntivos) e não conjugativos (ou não conjuntivos). Denominam-se de conjugativos aqueles que fornecem à célula a capacidade de realizar a conjugação pela presença de um gene conhecido como tra-gene. Os não conjugativos são aqueles que não apresentam genes para a iniciação da conjugação.

Os plasmídeos também podem ser classificados de acordo com a função desempenhada por eles:

Plasmídeos de Fertilidade (F): Plasmídeos com a função de iniciar a conjugação;

Plasmídeos de Resistência (R): Plasmídeos relacionados com a resistência a antibióticos;

Plasmídeos de degradação: Plasmídeos que garantem à célula a capacidade de produzir enzimas degradativas;

Plasmídeos de virulência: Garantem à célula a capacidade de causar doenças;

Plasmídeos Col: Plasmídeos que possuem genes que determinam a síntese de inibidores (colicinas) de bactérias.

→ Utilização dos plasmídeos na Ciência

Os plasmídeos são importantes para a Ciência, sendo utilizados na Biotecnologia, em uma técnica de DNA recombinante. Essa técnica isola genes de interesse para os seres humanos e insere-os em plasmídeos. Esse novo plasmídeo é inserido em uma bactéria, que, posteriormente, é clonada. O gene de interesse é então ativado, e a bactéria inicia a produção de proteína. A técnica de DNA recombinante é usada, por exemplo, para estudar determinados genes, para melhoramento de organismos e até mesmo para a produção de substâncias que possam ser utilizadas no tratamento de algumas doenças, como é o caso da produção de insulina.