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Q1205345
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Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.
A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento traria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia, que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que tal previsão tenha sido tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.
Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas.
(Okky de Souza. Veja, 24 de fevereiro de 2010, pp. 94-95, com adaptações)
Conclui-se corretamente do texto que seu autor
A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento traria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia, que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que tal previsão tenha sido tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.
Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas.
(Okky de Souza. Veja, 24 de fevereiro de 2010, pp. 94-95, com adaptações)
Conclui-se corretamente do texto que seu autor