A classe gramatical da palavra destacada em “Farelo está mui...

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Q1877764 Português

O homem e a galinha

        Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a galinha botou um ovo de ouro.

        O homem ficou contente. Chamou a mulher:

        – Olha o ovo que a galinha botou.

        A mulher ficou contente:

        – Vamos ficar ricos!

        E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!

        – É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!

        O marido não quis conversa:

        – Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.

        Aí a mulher disse:

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.

        – E se ela não botar mais ovos de ouro?

        – Bota sim – o marido respondeu.

        Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

        – Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!

        – E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.

        – Bota sim – o marido falou.

        E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais. Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.

(Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.)

A classe gramatical da palavra destacada em “Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!” é:
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