Avalie a veracidade das proposições a seguir com relação a a...
Após a leitura do texto abaixo, excerto do depoimento do cantor Djavan à Veja, de 23/08/2023, responda às questões 4, 5 e 6.
“Ainda não é hora de parar”
Aos 74 anos, Djavan luta para manter sob controle um distúrbio que afeta os movimentos
Costumo dizer que já nasci músico. Amúsica era o meu destino e sempre foi a minha vida. Imagine então, de repente, receber o diagnóstico de um distúrbio neurológico que afeta os movimentos. Aconteceu no fim do ano passado, quando soube sofrer de tremor essencial, um mal que, embora comum, eu não conhecia. Alguns sentem o efeito nas mãos, outros, nas pernas. O meu foi na cabeça, uma agonia. No início, a tremedeira era bastante aparente. Me preocupei com que isso comprometesse minha performance nos estúdios, nos palcos. Aos 74 anos, continuo ativo. Acabo de voltar de uma turnê na Europa e nos Estados Unidos, onde divulguei meu novo álbum, D, e passei por dezessete cidades. Com uma vida assim, preciso estar bem e sigo lutando, de forma disciplinada. Houve muita especulação sobre a doença e surgiram até boatos infundados de que seria Parkinson. Não é. Desde o momento em que ouvi aquelas palavras do médico — tremor essencial —, fiquei confiante em que poderia lidar com a situação. E iniciei imediatamente o tratamento para frear os sintomas.
O médico recomendou um medicamento diário e mudança de hábitos, já que a condição, no meu caso, não é genética. Ela está associada a falta de sono e estresse. Passei a cultivar uma rotina mais regrada, à base de alimentação saudável, muita água e, no mínimo, oito horas de sono à noite. Foi uma transformação radical. Sempre dormi de madrugada. [...] Hoje, brinco que a madrugada não é mais a senhora do meu destino. Não cometo mais loucuras que tragam prejuízo à saúde. [...] Nunca me deixei paralisar — muito menos agora, com o tremor essencial. Me empenho como posso para mantê-lo sob controle. Hoje, reconheço que estou bem graças à minha obstinação em ficar saudável. Agradeço todos os dias por poder seguir trabalhando com o que me faz feliz.
Fonte: https://veja.abril.com.br/cultura/djavan-ainda-nao-e-hora-de-parar. Acessado em 25 Ago 2023 (Adaptado).
Avalie a veracidade das proposições a seguir com relação a alguns recursos linguísticos presentes no texto.
I- Na frase “Ainda não é hora de parar”, o advérbio “ainda” é uma pista de há informações pressupostas, ou não explícitas no enunciado: o cantor não vai parar neste momento em que fala do incidente, mas que a hora de parar vai chegar.
II- Na frase “A música era o meu destino e sempre foi a minha vida”, o emprego dos verbos no passado deixa subentendida a informação de que a música não é mais o seu destino.
III- Na frase “Alguns sentem o efeito (do distúrbio) nas mãos, outros, nas pernas”, o uso da segunda vírgula após “outros” se justifica para sinalizar a supressão de alguns constituintes oracionais – o verbo, o complemento e o adjunto [sentem / o efeito / do distúrbio].
IV- Sendo o advérbio um termo que tem mobilidade, a alternância de posição de “imediatamente” para antes do verbo “iniciar” (E imediatamente iniciei) ou para a posição posposta ao verbo “frear” (E iniciei o tratamento para frear imediatamente os sintomas) não provoca alteração de sentido.
É CORRETO o que se afirma apenas em: