Em seu polêmico texto “Por uma cidade contemporânea” (1989),...
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Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 17ª Região (ES)
Prova:
FCC - 2022 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Arquitetura |
Q2108184
Arquitetura
Em seu polêmico texto “Por uma cidade contemporânea” (1989), Rem Koolhaas desenvolve uma “alternativa paramoderna” para
o urbanismo. Parte importante de sua crítica está na ideia de que, embora a “pureza” (por exemplo, a delimitação exata ou
definição do objeto autônomo) pudesse ter sido desejável nos edifícios modernos, ela provocou problemas de desorientação na
escala da cidade.
Considere as seguintes reflexões e ideias desse texto:
I. A tectônica e o detalhe significativo constituem uma crítica tanto às fórmulas convencionais do modernismo ortodoxo como à superficialidade do historicismo pós-moderno. A construção, como processo de “formação”, desenvolve-se às vezes como uma narrativa material. Deixar a estrutura à mostra, que uma parte da arquitetura moderna e pós-moderna associa à autenticidade, coincide com o “desvelamento” do ato poético.
II. A origem do significado em arquitetura está situado na construção, especialmente nas “junções e formas reais” entre materiais e espaços. A junção − o detalhe original − é a geradora da construção e, portanto, do sentido. O detalhe tectônico é, portanto, o lócus da inovação e da invenção. A arquitetura pode ser definida como o resultado do projeto de detalhes, e de sua resolução e substituição.
III. É extraordinária a incongruência entre a perfeição e a instantânea completude dos projetos arquitetônicos modernistas e a inflexível simplicidade, quase infantil, dos desenhos urbanos, imaginados como se a complexidade da vida urbana pudesse ser prontamente conciliada na liberdade oferecida pela planta livre, ou como se toda experiência de fragmentação e tudo o que representou para a perspectiva pudesse ocorrer sem perturbar o território da cidade.
IV. Dois motivos concorrem para fazer dos espaços urbanos vazios uma linha importante de combate para as pessoas que se preocupam com a cidade. O primeiro: é bem mais fácil controlar o espaço vazio do que jogar com volumes cheios e formas aglomeradas que se tornaram incontroláveis. O segundo: vazio, paisagem, espaço − se quisermos usá-los como meio, incluindo-os num projeto − podem tornar-se um campo de batalha e obter apoio genérico de quase todo mundo.
Está correto o que se afirma em
Considere as seguintes reflexões e ideias desse texto:
I. A tectônica e o detalhe significativo constituem uma crítica tanto às fórmulas convencionais do modernismo ortodoxo como à superficialidade do historicismo pós-moderno. A construção, como processo de “formação”, desenvolve-se às vezes como uma narrativa material. Deixar a estrutura à mostra, que uma parte da arquitetura moderna e pós-moderna associa à autenticidade, coincide com o “desvelamento” do ato poético.
II. A origem do significado em arquitetura está situado na construção, especialmente nas “junções e formas reais” entre materiais e espaços. A junção − o detalhe original − é a geradora da construção e, portanto, do sentido. O detalhe tectônico é, portanto, o lócus da inovação e da invenção. A arquitetura pode ser definida como o resultado do projeto de detalhes, e de sua resolução e substituição.
III. É extraordinária a incongruência entre a perfeição e a instantânea completude dos projetos arquitetônicos modernistas e a inflexível simplicidade, quase infantil, dos desenhos urbanos, imaginados como se a complexidade da vida urbana pudesse ser prontamente conciliada na liberdade oferecida pela planta livre, ou como se toda experiência de fragmentação e tudo o que representou para a perspectiva pudesse ocorrer sem perturbar o território da cidade.
IV. Dois motivos concorrem para fazer dos espaços urbanos vazios uma linha importante de combate para as pessoas que se preocupam com a cidade. O primeiro: é bem mais fácil controlar o espaço vazio do que jogar com volumes cheios e formas aglomeradas que se tornaram incontroláveis. O segundo: vazio, paisagem, espaço − se quisermos usá-los como meio, incluindo-os num projeto − podem tornar-se um campo de batalha e obter apoio genérico de quase todo mundo.
Está correto o que se afirma em