Considerando que o secundário de um transformador de corrent...

O TC destinado à proteção não deve saturar para baixas correntes. Isso porque o curto-circuito faz circular altas correntes no primário do TC, logo, caso este esteja saturado, não transmitirá às bobinas do secundário o aumento de corrente proveniente do defeito. Assim, o relé não atentará para a sobrecorrente e, portanto, não dá comando de trip para o disjuntor.

quando o TC satura a forma de onda no secundário, passa a ser não senoidal e com a tendência de diminuir o valor eficaz da corrente (área da curva), ou seja, quanto mais acentuada a saturação menor o valor eficaz da onda.

Os relés digitais, mesmo sob saturação do TC, podem operar de forma adequada, e isto deve ser verificado pelo engenheiro de proteção. O fato de o TC saturar não implica, necessariamente, que a proteção não opere adequadamente. Nem sempre é possível garantir a operação adequada dos relés se os TCs saturarem, porém, com as características dos relés digitais atuais, a probabilidade de atuação adequada aumentou muito

Idealmente, os TCs devem reproduzir fielmente, no secundário, a corrente do circuito primário. Uma vez que o núcleo do TC é feito de material saturável, quando ele atinge a região de saturação, a corrente secundária não mais terá a forma senoidal e não mais reproduzirá fielmente a corrente primária. Quando isso ocorre, diz-se que o TC saturou.

Os seguintes fatores podem promover a saturação do TC:

► Elevado Burden (carga conectada) secundário;

► Elevada corrente primária;

► Assimetria da corrente de falta;

► Fluxo remanescente no núcleo do TC.

Quando o TC satura a forma de onda no secundário, passa a ser não senoidal e com a tendência de diminuir o valor eficaz da corrente , ou seja, quanto mais acentuada a saturação, menor o valor eficaz da onda.

Então, como o TC está completamente saturado, possivelmente não irá atuar a proteção visto que proporcionará uma corrente muito menor que o valor que foi dimensionado para atuar.