Das respostas apresentadas pelo entrevistado depreende-se que

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Q53226 Português
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Alternativa B. Pois ele não se prende à visão comum da informalidade nas relações de trabalho como doença. (l.1-2)
Eu acertei a questão, mas devo dizer que ela não está bem formulada. Vejam que o enunciado diz: "Das **respostas apresentadas pelo entrevistado**, depreende-se...". O trecho que menciona "doença econômica" (primeira frase do texto), contudo, **não é uma resposta do entrevistado**. É uma opinião sobre o entrevistado, emitida pelo jornalista da MIDIAMAX. Além disso, o CESPE parece empregar o verbo "prescindir" como sinônimo de "necessitar" ou "precisar", mas, segundo Houaiss:

prescindir

Datação: 1689

verbo

transitivo indireto

1  passar sem, pôr de parte (algo); renunciar a, dispensar

Ex.: p. de ajuda

transitivo indireto

2  não levar em conta; abstrair

Ex.: p. das coisas terrenas

Dois verbos que o CESPE adora: "prescindir" e "recrudescer". Mas empregam o primeiro em um sentido não dicionarizado.

Para quem arriscou a alternativa (d), o seguinte trecho a elimina como alternativa correta: "Isso não é trabalho informal. Isso é trabalho ilegal". Ou seja, o entrevistado está dizendo que existe ao menos um tipo de trabalho ilegal que ele não classifica como informal. Logo, segundo o entrevistado, nem toda ilegalidade corresponde a uma informalidade.

prescindir : v.t.i. Não precisar de; dispensar, renunciar, recusar.
 o texto diz exatamente o contrário, que precisa de maior aprofundamento a análise que classifica  como doença as relações de trabalho informais, ou seja, essa análise é superficial... a assertiva diz não prescinde, ou seja, não precisa...

não se prendendo à visão comum: dispensando a visão comum, não a levando em consideração.

Ou seja, considerando que essa visão prescinde de maior aprofundamento, ou seja, que ela nem deve ser considerada, quanto mais aprofundada... essa foi de doer!!!parabéns a quem conseguia acertar, mesmo não entendo o texto....

Na verdade, essa é uma pegadinha bem chata da banca CESPE. Vamos lá:

No primeiro parágrafo está escrito:

"Não se prendendo à visão comum da informalidade nas relações de trabalho como simplesmente doença da economia do país, o economista (...) mostra-se lúcido diante do problema. (...) Sem a informalidade, segundo ele, a crise social brasileira decorrente do desemprego seria muito maior. (...)"

Observando aqui, vemos que a visão do economista é, de acordo com o texto, mais aprofundada que a visão comum da informalidade. Sendo assim, a análise que classifica as relações de trabalho informais como doença rejeitou um aprofundamento. O truque da banca foi utilizar a frase na ordem inversa. Vejamos como ficaria na ordem direta:

"A análise que classifica como doença as relações de trabalho informais prescinde de aprofundamento."

Agora está mais fácil de ver que a falta de aprofundamento é na visão comum, e não na análise do economista .


Bons estudos!

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