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Q2346705 Enfermagem
Paciente do sexo masculino, 67 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2, recentemente diagnosticado com pneumonia, compareceu ao serviço, acompanhado da filha, com os seguintes sintomas: hiperglicemia grave (superior a 700 mg/dl), acompanhada de desidratação e alteração do estado mental. Qual é o quadro apresentado pelo paciente? 
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A alternativa correta é a alternativa C - Síndrome hiperosmolar não cetótica.

Vamos entender por que essa é a resposta correta e por que as outras alternativas estão incorretas.

O Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia). Pacientes diabéticos podem desenvolver complicações agudas, especialmente quando há fatores precipitantes como infecções.

A síndrome hiperosmolar não cetótica (SHNC) é uma complicação aguda do diabetes tipo 2, caracterizada por hiperglicemia extrema (em geral, acima de 600 mg/dL), desidratação severa, e alterações do estado mental. A ausência de cetoacidose (presença de corpos cetônicos) diferencia a SHNC da cetoacidose diabética. O paciente descrito na questão apresenta exatamente esses sintomas: hiperglicemia grave, desidratação e alteração do estado mental. Portanto, a resposta correta é a alternativa C.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Acidente vascular cerebral (AVC): Embora alterações do estado mental possam ocorrer em um AVC, essa condição não se caracteriza por hiperglicemia grave e desidratação. O quadro clínico descrito não é típico de um AVC.

B - Cetoacidose diabética: Esta é uma complicação do diabetes tipo 1, mas também pode ocorrer no tipo 2. É caracterizada por hiperglicemia (geralmente menor que na SHNC), acidose metabólica e presença de corpos cetônicos no sangue ou urina. O paciente do caso não apresenta sinais de cetoacidose, tornando essa alternativa incorreta.

D - Coma glicêmico: Este termo é vago e não é utilizado de forma específica na prática clínica. O estado de coma pode ser um resultado de várias condições, incluindo hipoglicemia severa ou hiperglicemia, mas a descrição precisa do quadro (síndrome hiperosmolar não cetótica) é mais específica e adequada para o caso apresentado.

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A questão apresenta um paciente idoso com diabetes mellitus tipo 2 que apresenta um conjunto de sintomas característicos: hiperglicemia grave, desidratação e alteração do estado mental. Esses sintomas não são indicativos de um acidente vascular cerebral (AVC), que geralmente se apresenta com sinais neurológicos focais e não necessariamente se associa com hiperglicemia. A cetoacidose diabética é uma possibilidade, mas ocorre mais frequentemente em pacientes com diabetes tipo 1 e se caracteriza pela presença de cetonas no sangue ou na urina, o que não foi mencionado no caso. O coma glicêmico pode surgir em casos de hiperglicemia extrema, mas a alternativa C é mais específica e descreve melhor a condição do paciente. A resposta correta é a alternativa C, Síndrome hiperosmolar não cetótica (SHNC), uma emergência médica que ocorre mais frequentemente em pacientes com diabetes tipo 2 e se caracteriza por hiperglicemia extrema, desidratação acentuada e aumento da osmolaridade plasmática, com alteração da consciência, mas sem cetonemia ou cetonúria significativas, que são encontradas na cetoacidose diabética. Portanto, a apresentação clínica descrita na questão se encaixa melhor no diagnóstico de SHNC.

A síndrome hiperosmolar não cetótica (SHNC) e a cetoacidose diabética (CAD) são duas complicações graves do diabetes mellitus. A SHNC é caracterizada por hiperglicemia grave, desidratação extrema, hiperosmolaridade do plasma e alteração do nível de consciência. Ela ocorre mais frequentemente em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, geralmente por ocasião de um estresse fisiológico. Por outro lado, a CAD é uma complicação metabólica aguda do diabetes mellitus, caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica e cetose. Ela ocorre mais frequentemente em pacientes com diabetes mellitus tipo 1, mas também pode ocorrer em pacientes com diabetes mellitus tipo 2

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