No fim da década de 1980 e início dos anos 1990, instalou-se...
I- A indústria foi o motor do desenvolvimento econômico nacional no século XX, imprimindo o padrão e o ritmo do crescimento das economias regionais. II- No Brasil do século XXI, junto com a desindustrialização, está a reprimarização da estrutura produtiva, em face dos incentivos da expansão da demanda mundial por commodities agrícolas e minerais do Brasil. III- A crise financeira e fiscal na década de 1980 e início dos anos 1990 foi motivada apenas pelo endividamento externo, os fatores econômicos internos pouco influenciaram no cenário econômico brasileiro. IV- As políticas produtivas adotadas no início do século XXI contemplaram em maior escala o setor industrial no Nordeste e, em segundo plano, incentivaram o desenvolvimento de setores como agronegócio e serviços no Sul.
É CORRETO o que se afirma em:
III- A crise financeira e fiscal na década de 1980 e início dos anos 1990 foi motivada apenas pelo endividamento externo, os fatores econômicos internos pouco influenciaram no cenário econômico brasileiro.
- ERRADO: Há que se lembrar dos efeitos inflacionários e, como link para resposta, a importância do plano real ao final deste período.
IV- As políticas produtivas adotadas no início do século XXI contemplaram em maior escala o setor industrial no Nordeste e, em segundo plano, incentivaram o desenvolvimento de setores como agronegócio e serviços no Sul.
- ERRADO. É possível avaliar o crescimento da produção industrial a partir do Valor Adicionado Bruto (VAB), cujos dados estão disponibilizados para os anos de 2002 a 2016, nas Contas Regionais, do IBGE. No ano de 2016, a indústria nordestina (extrativa, de transformação, Serviços Industriais de Utilidade Pública-SIUP e construção) adicionou à economia da Região, o montante de R$ 154,5 bilhões, em termos de VAB. Este valor correspondeu a uma participação de 19,5% no PIB total da Região (incluindo o VAB da Agropecuária, Indústria e Serviços). Tal percentual representou, contudo, menor importância do que em 2002, quando a Indústria respondia por 23,0% do total. Esta perdeu espaço para o setor de Serviços que passou de 67,1%, em 2002, para 74,3%, em 2016. Enquanto isso, a Agropecuária também perdeu peso, de 10,0% para 6,2%, respectivamente. Este movimento, de redução da participação da indústria na composição do PIB, também foi observado em nível nacional. No Brasil, o setor representava 26,4% do total produzido pela economia, em 2002, e passou para 21,2%, em 2016, redução de 5,1 p.p. (pontos percentuais). Cresceu em importância apenas o setor serviços (67,2% para 73,1%), já que a agropecuária saiu de 6,4% para 5,7%. Deve-se observar, contudo, que nesse período, 2002 a 2016, o VAB industrial da Região cresceu, em média, 2,1% a.a. (ao ano), superando a taxa de crescimento média anual da indústria nacional (1,5% a.a.). FONTE: https://bnb.gov.br/s482dspace/bitstream/123456789/874/1/2019_INET_02.pdf