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Q941740 Fonoaudiologia
Pesquisas epidemiológicas sobre disfonias infantis apresentam índices muito variados de prevalência registrados na literatura, entre 4 a 30% (Tavares, Brasolotto, Santana, Padovan, Martins – Estudo epidemiológico de disfonias em crianças de 4 a 12 anos, 2011). Dentre os motivos que justificam tal variação, é correto afirmar:
Alternativas

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Vamos analisar a questão com foco na compreensão e resolução adequada. O tema central aqui é a prevalência de disfonia infantil e as razões por trás da variação nos índices relatados na literatura.

Alternativa Correta: B - Ainda prevalece desconhecimento sobre a disfonia infantil. Características vocais da criança ou são supervalorizadas e tomadas como anormais ou são negligenciadas, retardando o diagnóstico.

Justificativa: Esta alternativa está correta porque aborda um aspecto crítico da compreensão da disfonia infantil: o desconhecimento ou compreensão errônea das características vocais das crianças. Muitas vezes, as vozes das crianças são interpretadas de forma incorreta, seja por serem vistas como anormais quando não são, ou por serem ignoradas quando há problemas. Isso leva a uma variação nos diagnósticos e, consequentemente, nos índices de prevalência.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Os pais, orientados sobretudo por médicos, não encaminham seus filhos para exames videolaringoscópicos. Esta alternativa foca em um aspecto mais específico e técnico do diagnóstico, mas não abrange a grande variação nos índices de prevalência. Além disso, não é a principal razão para a falta de diagnóstico precoce.

C - O diagnóstico de disfonia infantil é de exclusão e a maioria das crianças que abusam da voz possui indicativo de diagnóstico de TDAH. Este ponto é muito específico e incorreto, pois não se pode correlacionar disfonia infantil diretamente com TDAH de maneira generalizada. O diagnóstico de disfonia não é, em essência, de exclusão.

D - A emissão vocal de crianças tem peculiaridades que não podem ser enquadradas como patológicas. Esta alternativa sugere que não devemos considerar disfonia em crianças, o que é incorreto, pois existem sim condições vocais patológicas em crianças que precisam ser diagnosticadas.

E - Lesões laríngeas que caracterizam a disfonia não são visualizadas em laringes infantis devido a sua imaturidade neuromuscular. Essa afirmação é falsa porque as lesões podem sim ser visualizadas, e a imaturidade neuromuscular não invalida um diagnóstico de disfonia.

É importante refletir sobre como a percepção e o conhecimento sobre a saúde vocal de crianças afetam o diagnóstico e os estudos epidemiológicos.

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