Por séculos, a epistemologia considerou, inquestionavelment...

A alternativa correta para a questão apresentada é a Alternativa B - Problema de Gettier.

A questão aborda o conceito clássico de conhecimento, que, por muito tempo, foi entendido como "crença verdadeira justificada". Esse entendimento foi amplamente aceito na epistemologia até meados do século XX, quando Edmund Gettier publicou um artigo que desafiou essa concepção.

O Problema de Gettier consiste em mostrar que é possível ter crenças que são verdadeiras e justificadas, mas que, ainda assim, não parecem constituir conhecimento. Gettier apresentou casos onde, apesar de todos os critérios clássicos de conhecimento serem atendidos, parece haver algo faltando para que a crença seja realmente considerada como conhecimento. Esses casos, conhecidos como "casos de Gettier", mostraram que a definição clássica de conhecimento era insuficiente e precisaria de revisão.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

• Alternativa A - Falácia naturalista: Esta falácia refere-se à tentativa de derivar valores éticos ou normativos a partir de fatos naturais. Não tem relação direta com a definição de conhecimento como crença verdadeira justificada.
• Alternativa C - Teoria do erro: Esta teoria é uma posição metaética que sugere que todas as afirmações éticas são falsas. Novamente, não está relacionada com a epistemologia ou com o problema específico abordado por Gettier.
• Alternativa D - Navalha de Ockham: É um princípio de economia de pensamento que sugere que, entre hipóteses competidoras, a mais simples deve ser preferida. Embora útil em vários campos do conhecimento, não aborda a questão do conhecimento na forma discutida por Gettier.

O Problema de Gettier é um ponto crucial na filosofia contemporânea, pois desafiou uma visão que parecia robusta por séculos, incentivando novos debates e teorias sobre o que realmente constitui o conhecimento.

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O problema de Gettier é um problema epistemológico que surge ao apresentar contraexemplos à definição da lógica proposicional do "conhecimento" como "crença verdadeira justificada". Tal teoria surgiu na Grécia Antiga com Platão, trazendo aquela definição no Teeteto. Gettier empregou experimentos mentais como contraexemplos para mostrar que há crenças verdadeiras e justificadas e que, portanto, satisfazem à definição tripartida da crença verdadeira justificada— mas isso não parece que se trate de autênticos casos de conhecimento. Segundo Gettier, estes contraexemplos mostram que a definição de conhecimento como crença verdadeira justificada é errônea, e que é necessária análise conceitual distinta para definir o conhecimento. Os problemas de Gettier têm dois pontos em comum. O primeiro é que a justificação é falível. É dizer, justifica de alguma maneira a crença, mas não é conclusiva. O segundo ponto é a interveniente decisiva do azar. Estes dois pontos se combinam de forma que a sorte compensa a debilidade da justificação.

FONTE: Wikipedia