Em relação ao Plano Real, está incorreta a seguinte alterna...

O tema central da questão é o Plano Real, um marco importante na economia brasileira que teve como objetivo principal controlar a hiperinflação e estabilizar a economia do país. Para resolver essa questão, é necessário compreender as fases do Plano Real e as estratégias econômicas implementadas.

Resumo Teórico:

O Plano Real foi lançado em 1994 e estruturado em três fases principais:

• Primeira Fase: Focada em um ajuste fiscal e no controle dos gastos públicos para preparar o terreno para as mudanças monetárias. Essas medidas foram necessárias para reduzir o déficit fiscal e criar condições para a estabilidade econômica.
• Segunda Fase: Introdução da Unidade Real de Valor (URV), que serviu como uma moeda virtual para substituir o cruzeiro real. A URV ajudou a criar uma referência estável de preço, facilitando a transição para a nova moeda.
• Terceira Fase: Lançamento do Real como a nova moeda do Brasil, com regras claras sobre a emissão e lastreamento para garantir sua estabilidade.

Justificativa da Alternativa Correta:

A alternativa E está incorreta porque afirma que a primeira fase buscava eliminar o componente inercial da inflação. Na verdade, a primeira fase concentrou-se no ajuste fiscal e não diretamente na eliminação do componente inercial da inflação, que foi abordado principalmente na segunda fase, com a introdução da URV.

Análise das Alternativas Incorretas:

• Alternativa A: Correta. O Plano Real foi concebido como um programa em três fases.
• Alternativa B: Correta. A primeira fase realmente focou no ajuste fiscal.
• Alternativa C: Correta. A segunda fase introduziu a URV para estabelecer um padrão estável de valor.
• Alternativa D: Correta. Na terceira fase, foram estabelecidas as regras para a emissão e lastreamento da nova moeda, o Real.

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a) Foram três fases: 1 - o ajuste fiscal, 2- desindexação e reforma monetária e 3 - âncora nominal.

b) Ajuste fiscal, o qual vinha sendo implementado desde o fracassado plano arroz com feijão até o plano Collor (que queria acabar com os marajás, mas acabou sequestrando a liquidez de todo mundo).

c) Eliminando a memória inflacionária, que se cria uma das grandes causas da inflação junto com o desarranjo fiscal. Pouco se fala da raiz do problema: a criação de dinheiro pelos bancos.

d) Houve um grande problema com a contenção imediata da inflação: a demanda interna não podia ser suprida pela produção interna, o que se pensava que acarretaria inflação. A solução foi suprir a demanda aumentando a facilidade de importações via desvalorização cambial, o que de brinde elegeu FHC até no mandato seguinte e acabou com empresas nacionais realmente pouco produtivas.

e) Foi a segunda fase, na qual constava a URV, que se acabaria com o componente inercial (inflação passada influenciando a presente). Para tanto, a tal URV seguia um padrão estável de paridade com o dólar, transformar-se-ia em real, e lá iria brigar com o setor externo a fim de manter essa paridade e ao mesmo tempo importações baratas a fim de deixar o consumidor feliz com produtos bons do exterior e sem o corre-corre da inflação. Era a única solução no curto prazo. Por fatores externos que talvez só Deus saberá integralmente, o investidor externo acabou por capitular com o governo de então, não acabando com tudo quando houve as inúmeras crises de dívida externa dos países emergentes no século XXI (o que respingava aqui).

Avisem-me qualquer erro.

Não desista, este é o seu calvário! "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me." São Lucas IX