O Conselho Mundial de Energia estima que a consolidação para...
O Conselho Mundial de Energia estima que a consolidação para a tecnologia de aproveitamento de energia das ondas oceânicas se dê em um prazo de 10 a 15 anos, quando poderá atender cerca de 5% da demanda energética mundial. Para se ter ideia do grande potencial energético das ondas oceânicas, uma única onda de 3 m de altura contém, pelo menos, 10 kW/m2 de energia (Harari et al., 2009). No Brasil, as regiões costeiras da porção Sul e Sudeste são frequentemente afetadas pelas marés e/ou ressacas meteorológicas, com ondas que chegam frequentemente a 3-5 m de altura, com energia suficiente para causar destruições de orlas pavimentadas, grandes erosões e enchentes, afetando diretamente a sociedade. A potência (kW/m2) contida num estado de mar real (em águas profundas), isto é, a potência por unidade de comprimento da frente de onda pode ser estimada a partir da seguinte relação: P = 0,49H2Ts, onde H é a altura da onda, em metros, e Ts é o tempo de pico da onda, em segundos. Portanto, pode-se imaginar (ainda que grosseiramente) a quantidade de energia transferida do oceano para a atmosfera durante eventos como a “ressaca”, cuja intensidade depende tanto da quantidade de momentum transferido (oceano-atmosfera), como também de determinadas combinações do estado sinótico.
Com respeito à “intensidade” das ressacas meteorológicas, é correto afirmar que