A alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de conc...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
DPE-SP
Provas:
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|
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VUNESP - 2023 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Assistente Social |
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VUNESP - 2023 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Sociólogo |
VUNESP - 2023 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Analista de Suporte |
Q2242678
Português
Texto associado
Leia o texto, para responder à questão.
Pessoas do bem
Volta e meia deparamos com as seguintes questões: porventura existem pessoas do bem? Podemos dizer que de um
lado há os “do bem” e, de outro, os “do mal”?
Talvez a resposta imediata seja uma negativa. Uma resposta fácil, porque não envolve compromisso nem esforço.
Não é possível estabelecer e rotular, seguramente, dessa
maneira, muito menos tecer qualquer julgamento. Todos nós
temos bons valores, mas muitas vezes agimos de modo a
prejudicar o próximo e até a nós mesmos, consciente ou
inconscientemente.
Entretanto, se tomarmos essa negação como absoluta, a
confusão se instala. Não poderemos eleger, e esse é um risco, as coisas boas, nem evoluir nesses valores positivos. Em
outras palavras, se dissermos que jamais se pode traçar uma
linha entre pessoas boas e más, também estamos a dizer
que não existem valores construtivos, que nos fazem caminhar para um lugar melhor, pois os valores são inseparáveis
das pessoas.
Nesses termos, temos que arriscar, sim, alguns paralelos, ainda que maniqueístas; aparentemente simplistas. Aliás,
não há nada de errado nessa visão dual do mundo, pois isso
é muito antigo, até inato. O que não parece certo é apontar e
discriminar, para excluir aqueles que não estão inseridos no
grupo do bem. A atividade das pessoas do bem, diga-se, não
tende a segregar, mas sim aproximar, incluir.
Se recorrermos à religião, ao direito, à história, por exemplo, há um vetor quase que comum e permanente. Pessoas
do bem são aquelas que, na comunidade, respeitam o outro; sabem ver no outro um espelho. Em suma, as pessoas
que praticam o bem reconhecem que não são únicas e, por
estarem junto às demais, vivem em sintonia com o todo, com
a comunidade.
E numa comunidade assim, a solidariedade triunfa.
Ninguém fica à mercê dos infortúnios da vida. Os que caem
são prontamente socorridos. Os que tropeçam aprendem, no
tropeço, um passo de dança, pois há sempre um parceiro ao
lado com a mão estendida. E as conexões sociais fortes são
hoje, reconhecidamente, um dos melhores ingredientes para
a felicidade.
O final dessa história, portanto, leva a um estado de
espírito que nos traz prazer e vontade de viver. Nossa aposta, com todas as fichas, é que existe um elo de sequência,
quase de causa e efeito, nas boas atitudes. As pessoas do
bem, altruístas, solidárias, produzem felicidade. Elas nos deixam felizes.
E se existe uma regra na vida que jamais pode ser revogada é esta: todos temos direito à felicidade. Dependemos,
portanto, das pessoas do bem.
(Evandro Pelarin, Diário da Região, 18.04.2023. Adaptado)
A alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de
concordância é: