Considere um paciente portador de aneurisma da aorta descend...

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Q2761321 Medicina

Considere um paciente portador de aneurisma da aorta descendente submetido a tratamento endovascular, com implante de uma endoprótese em aorta descendente. Logo ao se recuperar da anestesia, apresenta paraparesia de membros inferiores. A medida mais importante a ser tomada é:

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A alternativa correta é a E - drenar o líquido cefalorraquidiano.

Vamos entender o contexto da questão. O paciente passou por um procedimento de tratamento endovascular para corrigir um aneurisma da aorta descendente. Logo após a cirurgia, ele apresentou paraparesia dos membros inferiores, que é uma fraqueza parcial ou completa nas pernas.

Esse quadro clínico sugere uma complicação chamada isquemia medular, que pode ocorrer devido à redução do fluxo sanguíneo na artéria espinhal anterior durante o procedimento. A drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR) é uma medida eficaz para reduzir a pressão no espaço subaracnóideo, melhorando a perfusão da medula espinhal e prevenindo danos neurológicos permanentes.

Agora, vejamos por que as outras alternativas são incorretas:

A - Iniciar corticosteroides: Embora os corticosteroides sejam anti-inflamatórios potentes, sua eficácia em reverter ou melhorar sintomas de isquemia medular aguda é limitada. Não seriam a medida mais importante neste contexto.

B - Reimplantar artérias intercostais: Essa opção não é prática ou possível imediatamente após um procedimento endovascular. Além disso, a causa mais provável da paraparesia é a insuficiência do fluxo na artéria espinhal, não necessariamente a perfusão das artérias intercostais.

C - Converter rapidamente para cirurgia aberta: Embora seja uma opção em alguns casos de complicações, a conversão imediata nem sempre é indicada. O risco e a complexidade de tal procedimento não são justificados quando a drenagem do LCR é uma intervenção menos invasiva e mais direta para melhorar a perfusão medular.

D - Fazer uma angiotomografia: Embora útil para avaliação, a angiotomografia não é uma intervenção terapêutica. Realizar este exame não alivia imediatamente a isquemia medular ou a paraparesia do paciente.

Portanto, a medida mais imediata e eficaz é a drenagem do líquido cefalorraquidiano, que ajuda a aliviar a pressão e a restaurar o fluxo sanguíneo adequado para a medula espinhal.

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