Considerando a situação hipotética acima e os conhecimentos ...

        Um piscicultor resolveu produzir, por meio de propagação artificial, alevinos de tambaqui (Colossoma macropomum), para engordá-los em seus viveiros até o ponto de abate. Para isso, selecionou machos e fêmeas entre 4 e 5 anos de idade. Os critérios para a seleção dos indivíduos aptos a receber o tratamento de hipofisação foram os seguintes: machos expelindo esperma abundante pela compressão do abdome e fêmeas com papila genital avermelhada e inchada, abdome volumoso, liberando óvulos pela simples pressão dessa região do corpo. Para verificar se os óvulos estavam realmente no estágio correto para indução, foi realizada uma biópsia dos mesmos segundo instruções contidas em um manual técnico.

        Os peixes selecionados foram levados para um laboratório, onde as fêmeas receberam uma primeira dose de extrato de hipófise na dose de 0,5 mg por kg de peso vivo. Vinte horas mais tarde, receberam uma segunda dose, desta vez de 5,0 mg por kg de peso vivo. Simultaneamente, os machos receberam uma dose de 2,5 mg dessa substância por kg de peso vivo.

         Duzentas e sessenta horas-graus mais tarde, as fêmeas foram extrusadas e seus óvulos coletados em bacias plásticas. Em seguida, cada bacia recebeu 200 mL de água e, dois minutos mais tarde, o esperma dos machos para a fecundação dos óvulos. Depois disso, os agora ovos foram tratados com soluções de uréia e tanino para fins de desaglomeração dos mesmos. Por último, os ovos foram incubados em incubadeiras de 60 litros, do tipo funil. Para surpresa e desapontamento do piscicultor, apenas 5 % dos ovos eclodiram, gerando larvas.