Considerando que foi utilizado oncotype DX para definir o tr...
Com base no caso clínico a seguir, responda às questões de números 44 e 45.
Mulher de 50 anos encontra-se em pós-menopausa, sem comorbidades nem história familiar de câncer. No exame de rastreio, foi diagnosticado câncer de mama. Ao exame físico, verificou-se tumor palpável em mama direita de 2,5cm, com axilas e fossas supra e infraclaviculares clinicamente negativas. A core biópsia do nódulo mostra carcinoma ductal infiltrante grau 2, com receptor de estrogênio = 100%, receptor de progesterona = 85%, Ki67 = 10% e HERZ2 negativo. Estadiamento clínico cT2NOMO. Foi submetida à cirurgia conservadora da mama direita com biópsia de linfonodo sentinela ipsilateral. O laudo histopatológico da peça cirúrgica mostra carcinoma ductal infiltrante, grau 2, de 2,9cm x 2,5ecm, margens livres e dois linfonodos positivos (com macrometástases) em três linfonodos ressecados, sem extravasamento extracapsular — pT2N1MO. |
Considerando que foi utilizado oncotype DX para definir o tratamento adjuvante e o resultado do teste mostrou Recurrence Score (RS) = 20, é correto afirmar que, de acordo com o estudo:
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A alternativa correta é a C.
Para entender essa questão, é essencial ter conhecimento sobre o uso de testes genômicos como o Oncotype DX no tratamento do câncer de mama. O Oncotype DX gera um Recurrence Score (RS), que ajuda a prever a probabilidade de recorrência do câncer e a necessidade de quimioterapia adjuvante.
A paciente do caso é uma mulher em pós-menopausa com um carcinoma ductal infiltrante e apresenta características moleculares específicas: receptor de estrogênio positivo, receptor de progesterona positivo, Ki67 baixo e HER2 negativo. O RS é 20.
Vamos analisar as alternativas:
A - TAILORX: o oncotype DX não está indicado em pacientes com axila comprometida.
O estudo TAILORX focou principalmente em pacientes com linfonodos axilares negativos, mas não exclui completamente a utilização do Oncotype DX para outros casos. Portanto, a afirmação é imprecisa.
B - TAILORX: essa paciente tem indicação de quimioterapia adjuvante, seguida de hormonioterapia adjuvante.
O estudo TAILORX sugere que pacientes com RS intermediário, como 20, podem não se beneficiar significativamente de quimioterapia. Portanto, esta alternativa não está correta.
C - RXPONDER: pacientes com essas características e RS menor que 26 não se beneficiam de quimioterapia.
Esta é a alternativa correta. O estudo RxPONDER mostrou que pacientes pós-menopáusicas com até três linfonodos comprometidos e RS menor que 26 não apresentam benefícios significativos da quimioterapia.
D - RXPONDER: por ter axila comprometida e RS = 20 essa paciente deve receber quimioterapia adjuvante seguida de hormonioterapia adjuvante, devido ao alto risco de recidiva.
De acordo com o estudo RxPONDER, pacientes com RS menor que 26 podem não se beneficiar de quimioterapia, especialmente na pós-menopausa, contradizendo esta afirmação.
Em resumo, a alternativa C é a que está em conformidade com as evidências científicas atuais sobre o uso do Oncotype DX e os resultados do estudo RxPONDER.
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