Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o...
O início do processo de abertura política do regime militar associa-se ao governo de Geisel. O processo de distensão, marcado por avanços e recuos, esteve sob ameaça até o final do governo de Figueiredo, como demonstram os ataques a bancas de jornais e o atentado no Riocentro.
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De uma forma simplista, poder-se-ia dizer que os militares brasileiros dividiam-se em dois grupos principais: os castelistas, partidários das ideias do marechal Castelo Branco quanto ao regresso do país à democracia; e a linha-dura, militares contrários à abertura política. Após o governo repressivo do general linha-dura Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1974), o comando da Revolução de 31 de março foi assumido pelo general castelista Geisel (1974 - 1979), que iniciou a redemocratização do país de forma "lenta, gradual e segura", segundo suas próprias palavras. Em outubro de 1977, Geisel demitiu seu ministro de Exército, o general linha-dura Sylvio Frota, que tinha pretensões de candidatar-se à presidência da República. Com isso, Geisel conseguiu nomear seu sucessor, o general castelista João Figueiredo (1979 - 1985), que concluiu o processo de retorno dos militares aos quartéis em 1985. Durante seu governo, os militares linha-dura, insatisfeitos com o processo de abertura política, promoveram atos terroristas, como os ataques a bancas de jornais e o atentado do Riocentro. No atentado à bomba no Riocentro ocorrido em 1981, os militares envolvidos desejavam que o evento fosse atribuído a organizações de esquerda para que pudesse ser justificado um aumento da repressão, mas um artefato explosivo acabou detonando, acidentalmente, entre as pernas de um sargento, ferindo-o mortalmente. Após o fracasso do atentado, os demais militares que participaram do incidente foram inocentados por um ridículo Inquérito Policial-Militar (IPM). Em decorrência desse episódio, a linha-dura foi enquadrada, e os militares castelistas puderam concluir o processo de redemocratização do país.
- governo Figueiredo (1979-1985): seis anos, portanto;
- de fato, houve os atentados referidos e, como bem o comentário anterior mencionou, até 1981 (portanto, durante a primeira metade do governo Figueiredo)
- os atentados são descritos como um dos comprovantes de que a abertura esteve sob ameaça ATÉ O FIM do governo Figueiredo; no entanto, esses fatos específicos demonstram apenas que a abertura esteve ameaçada nos primeiros anos do governo Figueiredo.
Portanto, o justo seria considerar a afimrativa errada. Os fatos em questão "demonstram" apenas que a abertura esteve sob ameaça durante o INÍCIO do governo Figueiredo, e não "até o final" desse governo; estaria correto se dissesse, por exemplo, "até o final do período ditatorial".
Claro que houve ameaças à abertura até 1985. Os militares eram como uma sombra ao processo de abertura e temia-se retrocessos até o fim do governo Figueiredo. No entanto, o problema é que a afirmativa diz os atentados ocorridos até 1981 "demonstram" esse perigo "até o fim do governo Figueiredo". Não, eles não demonstram isso. Outras tensões políticas envolvendo os militares poderiam até demonstrar ameaças contra a abertura até o fim do governo Figueiredo, mas não especificamente esses atentados da direita militar radical.
Cespe sendo Cespe. gabarito certo.l
Predominou a ideologia de esquerda do examinador.
Correto, o que explica o temor de um retrocesso com a morte de Tancredo Neves antes de tomar posse.
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