A leishmaniose canina é uma doença parasitária sistêmica e ...

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Q2344914 Veterinária
A leishmaniose canina é uma doença parasitária sistêmica e de caráter zoonótico. O parasito causador da doença é transmitido principalmente pela picada de flebotomíneos infectados, representados pelas espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi, que transmite o protozoário da espécie Leishmania infantum. Nesse cenário, o cão desempenha papel importante na manutenção da doença, pois atua como reservatório doméstico para a leishmaniose visceral em áreas urbanas. Esse parasito intracelular é capaz de infectar células do sistema mononuclear fagocítico no seu hospedeiro e é encontrado em órgãos como linfonodos, baço, medula óssea e fígado. Sobre os achados histopatológicos na leishmaniose canina e a resposta inflamatória envolvida, avalie as afirmativas e marque a alternativa correta:

I. A leishmaniose canina é uma doença progressiva, que causa reação inflamatória crônica do tipo granulomatosa, caracterizada pela presença de células epitelioides (macrófagos) com visualização de formas amastigotas no seu citoplasma, além de plasmócitos e linfócitos, associados a variados graus de fibroplasia e desorganização tecidual local.

II. As células epitelioides são as mais características dos granulomas típicos e possuem função primária de fagocitose. Recebem esse nome porque, quando se acumulam em alguma região, assumem aspecto que lembra o epitélio pavimentoso, com células maiores que macrófagos ativados.

III. Devido à persistência do estímulo imunitário, o granuloma descrito nas infecções por Leishmania infantum é patognomônico, e é constituído por uma área central com necrose do tipo caseosa, pela presença de diversas células gigantes multinucleadas do tipo Langhans, circundadas por um cordão de células linfoplasmocíticas. As áreas de necrose caseosa podem sofrer calcificação metastática.
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