Ao substituir a expressão destacada em “Será que um dia o h...
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 12.
Nostalgia instantânea
Vivemos a era da nostalgia instantânea. Ela resulta da corrida tecnológica e do modo como esta moldou novas formas extremamente sensíveis de viver e sentir o mundo e a passagem do tempo. São sistemas operacionais e designs de telefones celulares e computadores, entre outras engenhocas, signos e programas, que se atualizam o tempo todo, não dando tempo aos usuários de se acostumarem com a novidade imediatamente anterior, e assim para trás e para diante.
A moda foi o primeiro sistema de comunicação que adotou a novidade como princípio motor – e a descartabilidade como seu contrapeso. O lançamento periódico das coleções de roupas e acessórios se atropelam para impulsionar a indústria e provocar o efeito de ultrapassagem sobre os consumidores.
Hoje, a moda e as artes se sincronizaram e se tornaram servas do design, em especial o design de produtos tecnológicos de ponta. Serão os objetos da tecnologia de ponta o resultado de uma arte que agora mostra o poder e importância? Certamente sim. E mais: essas modalidades de avanço, que conjuram as estratégias mais eficazes da moda e das outras artes, levam a sensibilidade do consumidor às raias da loucura. Transformam o descartável em antiguidade, pois, ao tornar obsoleto e inoperante o que mal havia sido uma novidade assombrosa, refugam itens que adquirem um certo miasma de aura, de aparição única de algo imediatamente distante e irrecuperável. Numa inversão do processo de descarte, à medida que refugamos objetos e atualizamos os processos de software, passamos a sentir falta e a cultuar aplicativos, sistemas e modelos do recém-passado. Se o usuário se fascina pelos novos comandos e funções, ele sente saudade dos que acabaram de sair de cena.
O imperativo da obsolescência em alta velocidade dá origem ao sentimento da nostalgia instantânea e, com ela, o amor e o luto por aquilo que acabou de acontecer. Eis aí um sentimento novo. É como se o envelhecimento pudesse ser abreviado e experimentado em um milésimo de segundo. O fenômeno nos ensina a examinar com maior precisão a obsolescência em todos os níveis: na troca cada vez mais rápida das gerações e das pessoas, dispositivos, aplicativos, linguagens, falas e modas. Tudo se converte em “vintage” – ou, mais precisamente, em proto-retrô. A urgência pela novidade e pela morte da novidade se dá como uma erupção da alma destes tempos – ou o espírito desta falta de tempo de nossos tempos. Será que um dia o homem sentirá a nostalgia de um tempo em que a eternidade parecia existir? Talvez nunca mais.
(GIRON, Luís Antônio. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e -blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/12/bnosta lgiab-instantanea.html. Acesso em 18.10.2017. Adaptado)
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GABARITO: LETRA B
A) Será que um dia o homem lhe sentirá? ? sentirá alguma coisa (o "lhe" não pode ser usado como um objeto direto, o correto é "a sentirá" ? pronome oblíquo átono retomando o substantivo feminino "nostalgia" e com função de objeto direto).
B) Será que um dia o homem a sentirá? ? correto, conforme explicação anterior.
C) Será que um dia o homem o sentirá? ? incorreto, visto que se refere a um substantivo feminino (=nostalgia ? "a").
D) Será que um dia o homem sentirá ela? ? pronome pessoal do caso reto não pode ser usado como um objeto direto.
E) Será que um dia o homem sentirá ele? ? nem ela e nem ele.
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ALTERNATIVA B
Ao substituir a expressão destacada em “Será que um dia o homem sentirá a nostalgia de um tempo...”, por um pronome, a frase apresenta reescrita correta quanto ao uso e à colocação do pronome em:
1- ao uso do pronome >
2- à colocação do pronome
“Será que um dia o homem sentirá a nostalgia de um tempo...”, > sentirá alguma coisa ou sentirá algo > verbo transitivo direto
A) Será que um dia o homem lhe sentirá? [ errado ] o pronome "lhe" é complemento verbal indireto e o verbo sentirá tem transitividade direta, desta forma o correto é o emprego dos pronomes oblíquos átonos de gênero feminino e singular (o, a, os, as) "a sentirá "o pronome retomando o termo "nostalgia" .
B) Será que um dia o homem a sentirá? [ certo ]
C) Será que um dia o homem o sentirá? [ errado ] o pronome oblíquo correto é conforme o gênero com concordância do termo que retoma o complemento direto.
D) Será que um dia o homem sentirá ela? [ errado ] não se usa pronome do caso reto como complemento verbal direto e sim como sujeito da oração.
E) Será que um dia o homem sentirá ele? [ errado ] não pode usar pronome reto como complemento [ errado ] não se usa pronome do caso reto como complemento verbal direto e sim como sujeito da oração.
GAB B
Será que um dia o homem a sentirá?
a nostalgia
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