Acerca do trecho “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo di...

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Q307909 Português
Um dispositivo apelidado de “botão do pânico” deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros agressores. O Estado tem a maior taxa de assassinatos de mulheres do país – o dobro da média nacional. Com cerca de cinco centímetros e um chip interno igual aos de celulares, o aparelho poderá ser levado na bolsa para, quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por exemplo, a aproximação de um potencial agressor. Caberá à própria mulher apertar o botão em situações que considerar de perigo. A mensagem dará à polícia, pelo sistema GPS, as coordenadas de onde ela está. Não há aparelho semelhante em outros Estados. O botão será lançado em 4 de março pelo Tribunal de Justiça capixaba, que mantém uma coordenadoria específica para tratar de casos de violência doméstica. O público-alvo são as mulheres já protegidas por medidas judiciais, previstas na Lei Maria da Penha, como as que determinam que o homem saia do lar ou mantenha uma distância mínima delas. Nos últimos cinco anos, a Justiça do Estado concedeu 13,6 mil medidas protetivas a mulheres que se queixaram de agressões ou ameaças. Segundo o Mapa da Violência 2012, estudo feito em todo o país a partir de dados de homicídios computados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Espírito Santo é o Estado com a maior taxa de assassinatos de mulheres: 9,8 casos para cada 100 mil mulheres. A média no Brasil é de 4,6 homicídios por 100 mil. “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, afirmou a juíza Hermínia Azoury, responsável pela coordenadoria de violência doméstica. “O juiz determina ao agressor: você não pode chegar a menos de 500 metros da mulher. Mas o juiz vai fiscalizar? Ou o promotor vai? É inviável, tem que ter um mecanismo”, diz a juíza. O aparelho é fabricado na China e, segundo o TJ, cada unidade custará até R$ 80,00 para ser importada.

(Adaptado de: TUROLLO JR., R. No ES, mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex. Folha de S. Paulo. São Paulo, 23 fev. 2013. Cotidiano 2. p.3.) 
Acerca do trecho “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, considere as afirmativas a seguir.

I. A conjunção “mas” tem sentido de explicação da oração anterior.

II. O termo “protetivas” tem o mesmo significado que “preventivas”.

III. As aspas marcam a presença do discurso direto.

IV. A flexão do verbo na primeira pessoa revela o caráter opinativo do trecho.

Assinale a alternativa correta.
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A alternativa correta é: C - Somente as afirmativas III e IV são corretas.

Vamos analisar cada afirmativa para entender o porquê disso:

I. A conjunção “mas” tem sentido de explicação da oração anterior.

A conjunção "mas" é uma conjunção coordenativa adversativa, que indica oposição ou contraste. No trecho, "A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas", a conjunção "mas" está contrapondo a ideia de que a lei é boa com a falha de não prever a fiscalização. Portanto, a afirmativa I está incorreta.

II. O termo “protetivas” tem o mesmo significado que “preventivas”.

Embora "protetivas" e "preventivas" possam estar relacionadas, elas não são sinônimos perfeitos. "Protetivas" se refere a medidas destinadas a proteger alguém de um perigo iminente, enquanto "preventivas" se refere a ações que visam impedir que algo aconteça. No contexto da Lei Maria da Penha, as medidas "protetivas" são específicas para proteger as vítimas. Por isso, a afirmativa II está incorreta.

III. As aspas marcam a presença do discurso direto.

As aspas são utilizadas no trecho para indicar o discurso direto, ou seja, palavras ditas diretamente pela juíza Hermínia Azoury. No texto, "A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, afirmou a juíza Hermínia Azoury, observa-se claramente o uso do discurso direto. Portanto, a afirmativa III está correta.

IV. A flexão do verbo na primeira pessoa revela o caráter opinativo do trecho.

A forma verbal "costumo dizer" está na primeira pessoa do singular, indicando que a juíza Hermínia Azoury está expressando uma opinião pessoal. Este uso da primeira pessoa é típico em declarações opinativas. Logo, a afirmativa IV está correta.

Portanto, após analisar as afirmativas, constatamos que somente as afirmativas III e IV são corretas, confirmando que a alternativa correta é a letra C.

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Comentários

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RESP.  C,

Questão fácil, vejamos:

I. ERRADO A conjunção “mas” tem sentido de explicação da oração anterior.
A conjunção mas tem sentido adversativo;

II. ERRADO O termo “protetivas” tem o mesmo significado que “preventivas”.
Protetiva significa proteger, abrigar, cobrir e Preventiva significa evitar;

III. CORRETO As aspas marcam a presença do discurso direto.
Este tipo de discurso os personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos ( travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas );

IV. CORRETO A flexão do verbo na primeira pessoa revela o caráter opinativo do trecho.
Perfeito, dispensa maiores comentários;

Bons estudos galera

Que ambiguidade... Entendo que prevenir é um desdobramento do ato de proteger... Que medo dessa banca!

@Guilherme, essa banca é casca de banana!!

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