Os anticorpos antiespermatozoides estão presentes em 9% a 1...

Vamos analisar a questão apresentada, que aborda os anticorpos antiespermatozoides e a infertilidade em casais. A alternativa correta é a alternativa B. Agora, vamos entender por que essa é a alternativa correta e como os conceitos relacionados se aplicam.

Alternativa B: As técnicas de fertilização in vitro não são indicadas para casais inférteis que apresentem positividade para esses anticorpos.

Essa alternativa é incorreta, pois as técnicas de fertilização in vitro (FIV) podem, sim, ser indicadas para casais inférteis com anticorpos antiespermatozoides. Na verdade, a FIV é uma das alternativas recomendadas para contornar o problema causado pelos anticorpos, já que o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, evitando o ambiente hostil proporcionado pelos anticorpos.

Agora, vamos analisar as demais alternativas para verificar por que elas são corretas:

Alternativa A: A sua formação pode ser consequência de infecções do trato genital, trauma, vasectomia ou reparação de hérnia inguinal.

Essa alternativa é correta. A formação de anticorpos antiespermatozoides pode ser desencadeada por infecções, traumas e cirurgias, como a vasectomia e a reparação de hérnia inguinal. Essas condições podem expor os espermatozoides ao sistema imunológico, que normalmente não os reconhece como próprios do corpo.

Alternativa C: A sua formação é consequência da quebra da barreira hematotesticular.

Essa alternativa também é correta. A barreira hematotesticular isola os espermatozoides do sistema imunológico. Quando essa barreira é comprometida, os espermatozoides podem ser reconhecidos como corpos estranhos, levando à formação de anticorpos.

Alternativa D: O testículo é um órgão isolado pela barreira hematotesticular, que é formada pelas células de Sertoli unidas por junções ocludentes nas paredes basolaterais, impedindo o contato dos espermatozoides com o sistema imunológico, protegendo contra as reações imunológicas.

Essa alternativa é correta. A barreira hematotesticular, formada pelas células de Sertoli, impede o contato dos espermatozoides com o sistema imunológico, protegendo-os de reações imunológicas. Qualquer ruptura dessa barreira pode resultar na formação de anticorpos antiespermatozoides.

Alternativa E: A sua formação prejudica a capacidade de fertilização, afetando a motilidade dos espermatozoides, a penetração no muco cervical e a fusão dos gametas.

Essa alternativa é correta. A presença de anticorpos antiespermatozoides pode interferir na motilidade dos espermatozoides, dificultar sua passagem pelo muco cervical e impedir a fusão dos gametas, comprometendo a capacidade de fertilização.

Para concluir, a alternativa B é a incorreta porque as técnicas de fertilização in vitro são, sim, uma solução viável para casais inférteis com anticorpos antiespermatozoides. As demais alternativas estão corretas e alinhadas com os mecanismos pelos quais esses anticorpos afetam a fertilidade.