A disfonia funcional é um dos distúrbios vocais mais comuns...
I. Fadiga vocal ao final de longas jornadas de ensino.
II. A presença de tensão muscular cervical, associada a dor durante a fonation prolongada.
III. Análise acústica com diminuição na frequência fundamental e presença de irregularidades no vibrato vocal.
IV. Laringoscopia que indica ausência de lesões nas pregas vocais, mas com hiperfunção compensatória.
Com base nos itens, qual seria a conduta terapêutica mais indicada para o tratamento da disfonia funcional desse paciente?
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Vamos analisar a questão proposta sobre a disfonia funcional, um distúrbio vocal comum, especialmente em profissionais que utilizam a voz como ferramenta de trabalho, como professores. Para resolver a questão, é essencial entender o conceito de disfonia funcional e as estratégias de intervenção terapêutica apropriadas.
Disfonia funcional refere-se a alterações na voz sem causas orgânicas visíveis, frequentemente resultantes de uso inadequado ou excessivo da voz. Sintomas podem incluir rouquidão, fadiga vocal e tensão muscular. A avaliação correta, que envolve análise acústica e laringoscopia, é crucial para determinar a melhor abordagem terapêutica.
Alternativa correta: D
A opção D sugere técnicas de alongamento muscular para a musculatura cervical e exercícios de relaxamento vocal, focando na redução da hiperfunção compensatória, além de técnicas de higiene vocal. Essa abordagem é adequada porque visa diminuir a tensão e a compensação muscular, comuns na disfonia funcional, promovendo um uso mais saudável da voz.
Justificativa para as alternativas incorretas:
A - Programa intensivo de reabilitação vocal: Embora o aumento da resistência vocal e a redução da tensão muscular sejam desejáveis, um programa intensivo pode ser excessivo sem antes aliviar a tensão e corrigir o uso da voz.
B - Uso de aparelhos de amplificação vocal: Esta alternativa propõe uma solução paliativa e não aborda a necessidade de modificação no uso da voz ou encaminhamento terapêutico, não sendo suficiente para tratar a disfonia funcional.
C - Eletroterapia e massagem vocal profunda: Embora a redução da tensão muscular seja importante, essa abordagem pode ser inadequada se aplicada sem uma avaliação criteriosa, além de que a eficácia dessas técnicas na disfonia funcional não é comprovada.
E - Terapia miofuncional orofacial: A correção postural pode ser útil, mas a proposta de reabilitação intensiva das pregas vocais sem primeiro abordar o uso funcional da voz pode não ser apropriada na fase inicial do tratamento.
É fundamental que os fonoaudiólogos utilizem estratégias baseadas em evidências científicas e práticas clínicas adequadas para cada caso específico, como descrito por Behlau e Pontes em suas diretrizes sobre cuidados com a voz.
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