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Q3155864 Fonoaudiologia
A avaliação auditiva neonatal utiliza múltiplos exames para garantir a detecção precoce de perdas auditivas congênitas, e as emissões otoacústicas evocadas (EOA) são um dos testes mais comumente usados. No entanto, algumas formas de perda auditiva, como a neuropatia auditiva, podem não ser detectadas por este método isoladamente. Considere um recémnascido que passou na triagem auditiva neonatal com EOA normais, mas apresenta histórico familiar de perda auditiva neurossensorial progressiva. Diante desse contexto, qual seria o procedimento diagnóstico mais indicado para garantir uma avaliação mais abrangente?
Alternativas

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Para resolver a questão proposta, é essencial entender o processo de avaliação auditiva neonatal e as limitações de diferentes testes utilizados nesse contexto.

O tema central da questão é a detecção precoce de perdas auditivas congênitas, com ênfase em como garantir uma avaliação abrangente quando há suspeita de condições específicas, como a neuropatia auditiva.

As emissões otoacústicas evocadas (EOA) são usadas para triagem auditiva, porém, elas não detectam a neuropatia auditiva, pois esta condição afeta a condução do sinal auditivo no sistema nervoso central, não na função das células ciliadas externas da cóclea, que é o que as EOA avaliam.

Justificativa da Alternativa Correta (B):

A alternativa B sugere solicitar os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE). Este teste é apropriado, pois avalia a integridade das vias auditivas centrais e pode identificar alterações associadas à neuropatia auditiva. De acordo com Bess et al. (2019), o PEATE é essencial quando há suspeita de neuropatia, especialmente em casos com histórico familiar de perda auditiva, como no enunciado. Portanto, essa é a alternativa correta.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - A audiometria tonal após seis meses não é suficiente para detectar neuropatia auditiva, pois essa condição pode não alterar os limiares audiométricos tradicionais, especialmente em crianças pequenas.

C - Embora o acompanhamento com EOA seja importante, esse teste sozinho não detecta neuropatia auditiva, tornando-o insuficiente para a situação descrita.

D - Prescrever aparelhos auditivos imediatamente não é adequado sem a confirmação da natureza da perda auditiva. Em casos de neuropatia, aparelhos auditivos podem não ser eficazes.

E - Triagem genética é útil para determinar a causa genética de perdas auditivas, mas não substitui a necessidade de avaliação auditiva funcional adequada para detectar neuropatia.

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