Hirata e Kergoat (2008) analisam os aportes trazidos pelas p...

Desde o início dos anos 1970, inúmeros trabalhos na França deram ao conceito de trabalho uma dimensão sexuada, tendo de imediato aceitação e estabilidade na medida em que ela significou o acesso da temática à comunidade científica. 

Até meados dos anos 1970, os primeiros trabalhos começaram a introduzir uma oposição binária (grupo de homens ou grupo de mulheres), mas as categorias de sexo tinham uma única função de classificação.

Apenas nos anos de 1990, os movimentos de mulheres fariam avançar o debate teórico sobre a noção de opressão; teorizavam sobre as relações entre os sexos, sem integração entre as referidas categorias analíticas.

Nos anos 2000, iniciou-se na França a integração entre a sociologia do trabalho e a sociologia da família, especificamente nos estudos e pesquisas sobre o gênero.

A relação social de gênero surgiu na Inglaterra, após a Revolução Industrial, sendo caracterizada como um conjunto do sistema social, não historicizável. É considerada uma relação de poder, de dominação; cada categoria não existe a não ser em relação à outra. Essa conceitualização permitia agrupar os conceitos de homens e mulheres para os estudos do trabalho.